Foz do Iguaçu terá um curso superior de Medicina a partir de 2016. Pelo menos é o que garantiu o reitor da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila), Helgio Trindade. Em entrevista na manhã desta terça-feira (18) à rádio CBN, Trindade comentou que a iniciativa partiu do Ministério da Educação, e as conversas começaram no final de abril.
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Helgio Trindade: "Seria uma faculdade de Medicina voltada para a comunidade" |
“Em 30 de abril nós recebemos a visita do secretário de Educação Superior, Paulo Speller, e ele me perguntou se nós estaríamos interessados em desenvolver na Unila uma faculdade de Medicina com características diferenciadas, em relação da faculdade de Medicina tradicional. Seria uma faculdade de Medicina voltada para a comunidade. E com uma série de características que fazem parte de uma mudança que o governo está querendo fazer no padrão das faculdades de Medicina, especialmente neste momento em que se discute muito sobre a interiorização dos médicos”, explicou o reitor.
Ainda segundo Helgio Trindade, toda a estrutura seria oferecida pelo MEC e uma solicitação formal, estabelecendo a data de início do processo de implantação, em 2016, e também dando as bases de como começar o desenvolvimento da faculdade de Medicina. O MEC ofereceria 60 professores e mais 30 técnico-administrativos, vinculados à área de saúde.
Como o projeto atual do novo campus da Unila, já em fase de construção, não previa o curso de Medicina, a reitoria da universidade irá solicitar tudo o que for necessário na construção do prédio exclusivamente para o curso. “Também vamos ter que criar, em algum ponto da cidade, um outro prédio exclusivamente para a faculdade de Medicina, e ao mesmo tempo vamos equipá-lo com tudo o que a faculdade exige, como equipamentos, laboratórios, enfim, toda a demanda será feita ao Ministério da Educação”, afirmou.
O reitor disse também que não está prevista a construção de um hospital próprio da universidade, uma vez que a cidade já dispõe de dois grandes hospitais, como o Costa Cavalcanti e o Hospital Municipal. As residências médicas, segundo Trindade, estarão vinculadas a estes hospitais, atraindo também alunos e médicos de várias regiões do país e América Latina.
"A situação é esta. É algo real, que ocorrerá e ao mesmo tempo tem bases concretas, não é uma ideia de ‘vamos criar, quem sabe um dia’, não. O projeto tem data, tem metros quadrados de construção, tem pessoal técnico para que a primeira turma de alunos possa a partir de 2016 começar a trabalhar", finalizou.