A avaliação da 9ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu, encerrada no domingo (8), assegura o evento entre as maiores feiras do gênero no Paraná. Nesta edição, foi atingido o excepcional número de 70 mil visitantes, ao longo de uma programação que somou pelo menos 150 atividades literárias e culturais.
| Foto: Áurea Cunha |
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| Feira do Livro teve programação para todas as idades |
Este ano, todas as expectativas foram superadas. Entre estandes comercializados às livrarias e os cedidos gratuitamente a universidades e entidades culturais da cidade, foram 40 espaços reunindo livros novos e usados, obras técnicas, literárias e quadrinhos, além de ilustradores que coloriram a Feira do Livro.
A cultura digital também foi contemplada, iniciativa que estimulou os leitores ligados às novas tecnologias. Já o espaço para a produção de brinquedos educativos em papel fez a alegria de milhares de crianças, que levaram para casa uma amostra do universo e dos astros, confeccionada por elas mesmas.
A venda de livros e de publicações, conforme as estimativas dos livreiros, teve aumento de no mínimo 30% em relação ao ano anterior. Um dos sebos presentes na feira vendeu seis mil volumes somente com a promoção de um item disponível em seu acervo. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) distribuiu cerca de 25 mil vales-livros a alunos e a professores da rede de ensino, contribuindo para aquecer ainda mais a economia do setor.
Para o presidente da Fundação Cultural, Alexandre Freire, a Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu atingiu um novo patamar organizativo. “Empenhamos um nível de profissionalismo e de parcerias para oferecer uma feira de qualidade, cheia de atrações e novidades para toda a família. E o empenho deu resultado, conseguimos realizar um evento à altura da população e da cidade de Foz do Iguaçu”, celebra Alexandre.
A organização foi um dos aspectos destacados pelos visitantes. A comerciária Martha dos Santos conta que participou das três últimas edições do evento e que este ano a estrutura e os demais serviços estavam bem dispostos. “Os espaços das livrarias estão maiores, podemos escolher entre participar das brincadeiras infantis ou das atividades para o público adulto, pois tudo acontece ao mesmo tempo. Sem contar que a programação musical foi muito agradável”, diz Martha, que esteve na feira no feriado (7).
Durante os dez dias do evento, 70 autores da cidade lançaram livros ou participaram de debates. Outros 15 escritores da Argentina e do Paraguai também discutiram sobre o intercâmbio literário na região trinacional, durante o Encontro de Escritores das Três Fronteiras, enquanto a Mostra Latino-Americana de Literatura reuniu estudiosos e profissionais das letras de cinco países.
| Foto: Áurea Cunha |
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| Mais de 35 estandes de livrarisa e sebos atraíam crianças, jovens e adultos |
“Foram dias de trocas intensas, de intercâmbio de informação e conhecimento, de debates e de articulação de ações futuras. Conseguimos construir um espaço plural, possível de compartilhar todas as formas de pensamento e opinião”, revela Arinha Rocha, coordenadora da 9ª Feira do Livro.
Os grandes nomes nacionais da cultura, das artes e da literatura se encontraram na festa literária iguaçuense, como Francisco Doratioto, João Gilberto Noll, Ricardo Lísias, Ana Beatriz Barbosa, Salem Hikmat Nasser, Maria Clara Sodré Gama, Toninho Vaz, Guarabyra, Ivan Jaf, Jorge Fernando dos Santos, Shirley Campell Barr, Roberta Estrela D’Alva, André Kondo, Daniel Minchoni, Sinhá, Isabel Furini, José Castelo Branco e Tom Zé.
O projeto “Papo & Música”, levado à Feria do Livro, ofereceu atrações musicais da Tríplice Fronteira durante todos os dias do evento, ao entardecer, permitindo a participação de comerciários e estudantes. Cinco grupos de teatro da cidade se revezaram nas artes cênicas, além de duas trupes circenses, um palhaço, um mímico e três grupos de contadores de histórias, todos iguaçuenses. O maracatu colocou todo mundo para dançar no primeiro e no último dia.
