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Problemas de escritura e infraestrutura urbana tornam-se recorrentes nas oitivas com moradores

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A Comissão de Inquérito que investiga os loteamentos irregulares de Foz do Iguaçu realizou nesta quarta-feira (11) a sétima reunião para ouvir o depoimento de moradores dos Loteamentos: Três Pinheiros; Conjunto Residencial Veraneio; Jardim Evangélico e Universitário I.

 

Foto: Assessoria
Comissão de Inquérito dos Loteamentos realizou a sétima reunião na manhã desta quarta-feira (11)

 

A primeira depoente, Walkiria Vargas, que mora há 18 anos no local, afirmou que comprou o terreno da loteadora Três Pinheiros, que tinha sede no próprio loteamento e depois fechou. Com o fechamento, os moradores receberam a informação que o pagamento deveria ser feito para a Justiça Federal.

A partir disso, a CI vai requerer da Justiça Federal infomações quanto a esse processo, mais especificamente se existiu alguma determinação judicial para o pagamento passar a ser feito para o judiciário. “A Sanepar fez esgoto, nós temos iluminação pública e eu pago IPTU desde 2002, sendo que depois de um tempo a cobrança começou a vir descrita como Taxa de Limpeza Pavimentada, mas a minha rua não tem calçamento”, enfatizou. Os moradores do Loteamento Três pinheiros não conseguem a escritura dos imóveis, devido ao fato de assim como vários bairros investigados estarem hipotecados.

Adauto Antunes de Souza, morador do Conjunto Residencial Veraneio, relatou que comprou o terreno da loteadora InvestFoz e depois de um tempo os moradores deixaram de pagar, porque a loteadora havia dito que posteriormente faria obras de infraestrutura, o que não aconteceu. Por esse motivo e também pelo fato do loteamento estar penhorado, as pessoas não conseguem a escritura dos imóveis. Mas, Adauto afirmou que uma empresa que faz manutenção de barcos se instalou em uma quadra do bairro e já possui a escritura da área. O loteamento residencial, que contava com oito quadras agora tem sete, devido à área ocupada pela empresa.

Por fim, os vereadores tomaram o depoimento de Gorete Aparecida, moradora do Jardim Evangélico, e Maria dos Santos, do Universitário I (loteamentos vizinhos). Ambas destacaram os alagamentos como o principal problema da região, bem como a falta de rede de esgoto. Diferente dos outros bairros citados acima, tanto no Jardim Evangélico, como no Universitário os moradores possuem escritura dos imóveis.

O vereador Nilton Bobato, Presidente da CI, ressaltou que no decreto da Prefeitura que aprovou os dois loteamentos, exigia a construção de galerias pluviais em todas as ruas, o que não existe até hoje. O dois loteamentos foram feitos em área de nascente e com as chuvas intensas, o calçamento já está deteriorado. A ação da Comissão no tocante às duas áreas será de cobrar da Prefeitura que a infraestrutura necessária para amenizar os problemas dos moradores seja feita.

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