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Agente universitária da Unioeste é a primeira moradora a comprar casa na Vila A  

Márcia Correia de Souza realizou sonho de adquirir imóvel após 11 anos de espera.
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Márcia Correia de Souza, agente universitária de 50 anos, concretizou um sonho de 11 anos ao comprar sua casa na rua Corruíra, na Vila A. A assinatura do contrato ocorreu na tarde desta sexta-feira (12) no Centro Executivo da Itaipu, com a presença de representantes da Diretoria Administrativa da empresa e da Caixa Econômica Federal, que financiará a compra.

Márcia é a primeira de um grupo de 21 moradores de imóveis cedidos à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) a adquirir a propriedade. Outros dois servidores da Unioeste também assinaram a compra de suas casas na mesma ocasião.

“Esperei muito por esse momento. Agora, quando saio para trabalhar, sei que não preciso mais ficar ansiosa. Esta é minha casa e não corro mais o risco de perdê-la,” comentou Márcia, que reside no imóvel com seu filho Elias, de 19 anos. Ela sempre manteve a casa em bom estado, antecipando a possibilidade de um dia comprá-la.

A iniciativa de vender imóveis aos moradores em situação regular é parte da atual gestão da Itaipu. A avaliação dos imóveis, seguindo a Norma Brasileira de Avaliação de Imóveis Urbanos, é realizada por uma empresa especializada e validada por uma Comissão de Avaliação, definindo valores mínimo, médio e máximo de mercado. Um desconto é aplicado sobre o valor mínimo para chegar ao valor de liquidação forçada, e apenas a planta original do imóvel é considerada, excluindo benfeitorias e reformas.

Moradores sem outros imóveis em Foz do Iguaçu têm um desconto adicional de 25% sobre o valor mínimo de liquidação forçada.

Segundo o diretor administrativo de Itaipu, Iggor Gomes Rocha, as próximas etapas incluirão a oferta de vendas para outras instituições cujos colaboradores ocupam casas da Itaipu, totalizando cerca de 800 imóveis. A meta é vender 923 casas até o final de 2026. Essas residências, construídas nas décadas de 1970 e 1980, inicialmente abrigaram trabalhadores da construção da usina, mas ainda permanecem sob a gestão da Itaipu.

Moradia popular

A venda dos imóveis nas vilas A e B está vinculada a um projeto maior. Os recursos serão destinados à construção de habitações de interesse social para pessoas em situação de vulnerabilidade, alinhando-se à missão institucional da Itaipu e às diretrizes do governo federal. Esse esforço visa combater o déficit habitacional na cidade, promovendo um modelo construtivo sustentável e de inclusão social.

O processo de venda ocorrerá em etapas, e todos os moradores serão informados sobre as ofertas no momento apropriado.

Foto: William Brisida/Itaipu Binacional
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