Em uma decisão histórica para Foz do Iguaçu, o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (CEPAC) aprovou, em maio, o tombamento definitivo do obelisco do Marco das Três Fronteiras como patrimônio cultural municipal. Após o encerramento do período de recurso, este se tornou o primeiro tombamento municipal na história da cidade.
Segundo os conselheiros, o obelisco construído em 1903 preenche os critérios da Lei nº 4470/16, constituindo um elemento cultural importante e representativo da identidade iguaçuense. A medida deverá impulsionar o turismo cultural na cidade, aumentando a visitação de turistas ao local.
Além do Marco das Três Fronteiras, também foi aprovado o tombamento definitivo do Colégio Estadual Bartolomeu Mitre. Em reunião ordinária realizada no dia 21 de junho de 2024, o Pleno do CEPAC reconheceu o valor histórico e cultural dessa que é uma das escolas mais antigas de Foz do Iguaçu. O tombamento abrange apenas o prédio histórico principal, sem envolver as demais edificações do conjunto arquitetônico.
De acordo com Pedro Louvain, presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, Foz do Iguaçu está iniciando a implementação de uma política pública para valorizar e preservar seu patrimônio cultural. “O município precisa reconhecer e proteger sua herança cultural, histórica e artística. Os recentes tombamentos são um passo fundamental nessa nova direção. A falta de conservação desse patrimônio pode prejudicar a identidade coletiva da cidade, causando um dano moral pela desvalorização da própria história”, afirmou Louvain.
O Conselho planeja analisar dois processos de tombamento por mês até 2025, seguindo a ordem cronológica de abertura dos processos conforme estabelecido no cronograma de votação.
Próximos tombamentos
O edifício da Fundação Cultural teve parecer preliminar aprovado pela Comissão Permanente de Preservação e Fiscalização em 21 de junho, e a decisão final será submetida à votação em 19 de julho. Além do prédio da Fundação, que já foi o antigo Fórum Estadual de Justiça, o histórico conjunto arquitetônico aeroportuário do GRESFI, formado pelo terminal de passageiros e posto de serviço, onde funcionou o Aeroporto do Parque Nacional do Iguaçu, primeiro aeroporto da cidade, também será avaliado e votado no mês que vem.
Com informações: Conselho Municipal de Patrimônio Cultural.
Foto: Kiko Sierich
