Pagamento da dívida, negociação do Tratado e Atualização Tecnológica estão entre os focos da empresa em seu aniversário
Passado, presente e futuro se encontram nos 49 anos da Itaipu Binacional, completos nesta quarta-feira, 17 de maio. Com a contagem regressiva para seu primeiro cinquentenário iniciada, a empresa comemora o pagamento da dívida histórica da construção, prepara-se para as negociações do Anexo C do Tratado e foca ainda na expansão de projetos socioambientais e na atualização tecnológica da usina.
“A Itaipu chega aos 49 anos com muito orgulho de seu passado e focada no futuro. Este ano, saldamos a dívida de construção e estamos preparados tecnicamente para auxiliar os governos do Brasil e do Paraguai nas negociações do Anexo C Tratado de Itaipu”, afirmou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri. “Seguindo as diretrizes do presidente Lula, direcionamos nossas ações socioambientais em atividades que mudem a vida das pessoas na área de influência da usina e garantam a sobrevida do reservatório”, completou.
A amortização da dívida da construção de Itaipu aconteceu em 28 de fevereiro deste ano. Os últimos pagamentos foram destinados à Eletrobras e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e somam US$ 115 milhões. O total do pagamento da dívida foi de US$ 63,5 bilhões, recurso empregado para que toda a infraestrutura necessária pudesse sair do papel – incluindo desapropriação de terras, construção de casas e pagamento das empreiteiras.
O pagamento coincide com o ano de início da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu. Em 26 de abril, o documento – considerado referência mundial em acordos bilaterais –, completou 50 anos de sua assinatura. O Anexo C estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da usina. As negociações vão envolver os governos do Brasil e do Paraguai e devem começar em agosto deste ano. A Itaipu prestará suporte técnico às Chancelarias dos dois países, que serão responsáveis pelas tratativas.
Itaipu também reconhece seu papel no presente. Em 1997, a usina respondia por 25% de toda energia do País e, hoje, atende a 8,6% da demanda energética brasileira. Isso acontece graças ao aumento exponencial de outras fontes de energia renovável, como a solar e a eólica. Assim, a hidrelétrica funciona como um backup energético do sistema elétrico brasileiro, atendendo a demanda rapidamente quando as fontes intermitentes não estão disponíveis, ou seja, quando não há luz solar ou vento.
E para continuar garantindo o alto desempenho na produção de energia elétrica, e atender a demanda dos dois países, a empresa está passando por uma ambiciosa atualização tecnológica. Dividido em várias fases e com previsão de conclusão de mais de uma década, o Plano inclui a substituição de todos os cabos de força e controle e dos sistemas do controle centralizado das unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares, do vertedouro e de medição e faturamento. Os investimentos, ao longo de 14 anos, devem chegar a US$ 1 bilhão.