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CDE já contabiliza US$ 2,5 Bi de prejuízo e 15 mil empregos formais perdidos

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Comércio Paraguaio. Foto: Rafael Guimarães.

Cinco meses após o início da quarentena no Paraguai, que visava mitigar a expansão do coronavírus, os efeitos são cada vez mais devastadores na economia, principalmente no departamento de Alto Paraná, que depende diretamente do comércio de fronteira, paralisado desde 18 de março com o fechamento das fronteiras. 

Fechar as fronteiras, inicialmente pareceu dar resultado, e o Presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, chegou a ser citado como exemplo de gestor no combate à pandemia pelo jornal americano The New York Times, porém, não tardou muito para que o número de contaminados no Paraguai e principalmente no departamento de Alto Paraná aumentassem, fazendo cair por terra a tese de que o país estaria livre do vírus com as fronteiras fechadas. A quarentena imposta pelo governo, seguida por uma breve flexibilização, que acabou sendo revertida dias depois, teve efeitos catastróficos, que levaram ao fechamento de empresas e, consequentemente, à perda de milhares de empregos, além de manifestações populares em diversas partes do país.

Em Ciudad Del Este, após anúncio de recuo na flexibilização da quarentena, em 29 de julho, centenas de paraguaios foram às ruas para manifestar sua indignação contra o governo.

Durante entrevista, prestada à imprensa do país, o secretário Iván Airaldi, do Ministério da Indústria e Comércio do Interior, destacou que a pandemia deixou, até o momento, cerca de 30 mil pessoas sem emprego no departamento, das quais 50% correspondem ao microcentro de Ciudad del Este. Enquanto isso, o setor empresarial já aponta um prejuízo mensal de US$ 500 milhões, provenientes das 5 mil lojas que atuam na área comercial.

Nas redes sociais, cidadãos paraguaios já se organizam para uma nova manifestação, marcada para 15 de agosto.

Apenas uma promessa

Embora o chanceler paraguaio, Antonio Rivas, tenha vindo à público para afirmar que o sistema de delivery fronteiriço esteja em fase adiantada junto ao governo do Brasil, e insista que o acordo deve ser assinado ainda esta semana, representantes do setor comercial de Ciudad Del Este ressaltam que, até o momento, veem a ideia como mais uma promessa, já que a Chancelaria Nacional do Paraguai segue tentando negociar com o Brasil, para que a Cota de US$ 500 para compras seja mantida, já que, ela, teoricamente só existe para brasileiros que vão ao exterior e retornam com compras, e como a fronteira com o Paraguai está fechada, a cota de US$ 500 é inexistente nesse momento, e qualquer brasileiro com produtos oriundos do Paraguai transitando pelas estradas pode vir a perder suas compras e responder por crime de contrabando e descaminho.  

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