No dia 26 de fevereiro de 2019, data que completa um ano nesta quarta-feira, 26, o general Joaquim Silva e Luna assumia a direção brasileira da usina de Itaipu e passava, a partir dali, a imprimir um novo ritmo na gestão da empresa. Os milhões de megawatts-hora produzidos pela hidrelétrica – um total de 2,7 bilhões de MWh acumulados desde o inicio da geração, em maio de 1984 – passaram também a se traduzir, além de energia limpa e renovável (portanto, mais barata para o consumidor), em infraestrutura, logística, bem-estar e riqueza para a população de todo o Paraná, principalmente da região Oeste.
Isso sem contar o repasse mensal do pagamento de royalties, sem nenhum atraso, para os municípios lindeiros ao reservatório do Lago de Itaipu e também para os indiretamente atingidos, além de estados e órgãos federais, conforme determina a legislação.
O reservatório é uma verdadeira poupança de eletricidade para o setor elétrico do Brasil e do Paraguai e de dinheiro para o entorno. “A nova Itaipu, como está sendo chamada, é resultado de uma missão que me foi confiada pelo presidente da República e que todos nós da usina estamos empenhados em honrar”, diz Silva e Luna.
Silva e Luna foi o primeiro diretor-geral brasileiro a morar em Foz do Iguaçu. E, prontamente, trouxe toda a diretoria para morar na cidade-sede da usina no Brasil e, na sequência, viabilizou a transferência dos 130 empregados do escritório de Curitiba para Foz. Com a unificação, a empresa ganhou em governança e em melhor aproveitamento profissional da mão de obra.
O general remodelou o papel estratégico da empresa, seguindo orientações do presidente Jair Bolsonaro, e atuou junto com a equipe para combater todo tipo de desperdício. Do recorde de produtividade, uso total da água para geração de energia, passando pela reavaliação de convênios, patrocínios e parcerias. O que não estava aderente à missão da usina foi descartado. Com a economia de recursos proveniente dessas medidas, Itaipu está ajudando a construir uma nova Foz do Iguaçu e região.
A nova Itaipu, só na margem brasileira da usina, está garantindo o redirecionamento de R$ 600 milhões para obras de grande importância para o desenvolvimento regional, com impacto em toda a América Latina, como é o caso da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, iniciada em agosto e com previsão de conclusão em junho de 2022, juntamente com a Perimetral Leste, que vai mudar o traçado de um trecho da cidade e permitir um ordenamento do tráfego no município. A perimetral ligará a nova ponte entre o Brasil e o Paraguai à BR-277.
Todas essas obras geram um ciclo produtivo com novos empregos diretos e indiretos e movimentação de toda a economia local.
Também fazem parte desse conjunto de iniciativas a modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, com mais leitos para o SUS, e a ampliação da pista de pouso e decolagem do aeroporto de Foz do Iguaçu. Neste caso, o aeroporto terá condições de concorrer com outros destinos turísticos, já que terá condições de receber aeronaves de grande porte, sem a necessidade de escalas.
A lista inclui também a conclusão do Mercado Municipal, a remodelagem do turismo interno de Itaipu, a transformação do Gramadão de Itaipu, na Vila A, num parque de lazer, a entrega da ciclovia da Avenida Tancredo Neves e a criação de um circuito turístico Itaipu, com saída do futuro mercado e roteiro que remeta o turista e morador à época da construção da usina.
A mudança na região já pode ser vista, com o grande número de obras viabilizadas financeiramente pela Itaipu que estão em andamento. Agora, a preocupação de Silva e Luna é entregar, no prazo ou até mesmo antes, todas as obras estruturantes já iniciadas ou com seu projeto executivo em fase de conclusão. “Não vamos inaugurar promessas nem nos queixar das dores do parto, vamos apresentar o filho do nosso esforço”, afirma o general.
Silva e Luna também designou técnicos da empresa para integrar o grupo de trabalho do Ministério de Minas e Energia que estuda a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu. Em 2023, o Tratado completa 50 anos, e seu Anexo C – que trata da parte financeira do acordo – será revisado por brasileiros e paraguaios. O trabalho prevê a atualização das bases para comercialização da energia de Itaipu, representada no Brasil pela Eletrobras e no Paraguai pela Administración Nacional de Electricidad (Ande).
Outro importante projeto em andamento é o processo de modernização tecnológica da usina. O investimento de mais de US$ 500 milhões, em dez anos, vai permitir a sustentabilidade da hidrelétrica para as próximas décadas. O sucesso dessa empreitada depende do comprometimento de brasileiros e paraguaios, uma equipe alinhada, trabalhando lado a lado pelo bem maior da usina.
Quanto mais Itaipu gera energia, mais ela produz riqueza para a região e desenvolvimento para os dois países. Só os 2,7 bilhões de MWh dariam para suprir o mundo inteiro de energia por 43 dias.
Todas as medidas adotadas são para deixar Itaipu preparada para o pós-2023, quando a dívida de sua construção, que hoje representa 62% dos custos de sua energia, estará totalmente quitada. Depois dessa fase, os governos dos dois países vão definir o melhor modelo de mercado para a energia de Itaipu.