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Projeto de extensão da Unila inaugura biblioteca em escola de Puerto Iguazú

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Foto: Assessoria

O projeto “Vivendo livros latino-americanos na Tríplice Fronteira” expandiu o território de atuação com a criação de um novo espaço destinado a livros dos anos iniciais do ensino fundamental. Trata-se da Biblioteca Arco-íris de Saberes, construída, por meio do projeto, na Escola 722, de Puerto Iguazú. O grupo que compõe o projeto – formado por estudantes e docentes da Unila – também já remodelou o espaço físico de outras duas bibliotecas escolares: a da Escola Municipal Brigadeiro Antônio de Sampaio, localizada na zona rural de Foz do Iguaçu, e a da Escuela San Agustín, em Ciudad del Este.

A construção do espaço de leitura na escola argentina ocorreu de forma coletiva. Integrantes do projeto realizaram mutirões de limpeza, reciclagem de objetos e rifas para a compra de materiais. O projeto também recebeu doações e teve apoio da prefeitura de Puerto Iguazú, que colaborou com a mão de obra. Uma estudante de Arquitetura da Unila, bolsista do projeto, contribuiu com a parte técnica da construção da biblioteca, que passa a abrigar um acervo de cerca de 400 livros. Previamente à remodelação do espaço, assim como em outras escolas, houve um trabalho de organização e catálogo do acervo.

O ambiente físico das bibliotecas nas escolas é objeto de estudo do projeto, que tem o propósito de avaliar de que forma o espaço bibliotecário interfere na mediação da leitura. O projeto visa, também, incentivar o interesse dos estudantes pela leitura. A iniciativa atua, ainda, na formação dos educadores por meio de sensibilização e diálogo sobre o que é literatura infantil – e como trabalhá-la no âmbito escolar – e, também, na consolidação de acervos referentes à literatura latino-americana. “Buscamos despertar a leitura, entendendo o livro como possibilidade do lúdico, da reflexão, da fala, como fonte de discussão ética e da literariedade, sempre visando um espaço democrático de debate”, explica a docente da Unila Mariana Cortez, coordenadora do projeto.

Os integrantes do projeto também realizam visitas às escolas, para contação de histórias aos alunos, trazendo, nesses momentos, discussões que trabalham na perspectiva do resgate da identidade e da cultura da região fronteiriça e o compartilhamento de experiências. Neste semestre, o grupo do projeto tem realizado visitas na Escuela San Agustín, em Ciudad del Este. No ano que vem, será a vez da Escola 722, da Argentina. As ações na Escola Municipal Brigadeiro Antonio de Sampaio foram encerradas, porém, há um esforço para medir o impacto do projeto em relação ao hábito de leitura dos alunos. “Um dos critérios para avaliar o impacto é como a leitura está chegando à casa dos estudantes. Estamos colhendo depoimentos de pais que relatam se a criança contou a história e como a contou. Estamos avaliando de que forma a comunidade está mobilizada e também observando nosso trabalho”, diz Cortez.

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