Representantes dos Governos Municipal, Estadual e Federal iniciaram nesta quarta-feira, 28, no auditório da Vigilância em Saúde, em Foz do Iguaçu, uma série de encontros para debater estratégias sobre o avanço da cobertura vacinal nas três fronteiras.
Membros da Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses, Vigilância em Saúde, Epidemiologia, além da Secretaria de Estado da Saúde e 9° Regional, receberam dois membros do Ministério da Saúde para apresentar ações já desenvolvidas na cidade.
Foz do Iguaçu será um dos três pontos de atenção do governo federal para o lançamento da Semana de Intensificação da Vacinação, prevista para ser lançada no próximo dia 16 de setembro. Além de Foz, as fronteiras com o Uruguai, Barra do Quaraí (RS) e com o Paraguai, via Mato Grosso, em Ponta Porã, também estão incluídas.
“Foz é uma das fronteiras mais populosas e requer maior atenção, justamente por abranger a vacinação de uma população flutuante e volumosa. Precisamos discutir essas ações com os países vizinhos e também com o Governo Federal, para intensificar a cobertura”, explicou o secretário de saúde Nilton Bobato.
Rafael Gomes França, da assessoria internacional do Ministério da Saúde explicou que o trabalho visa intensificar a vacinação da tríplice viral e febre amarela. “Hoje será nossa reunião interna para reconhecermos alguns pontos já desenvolvidos no município, para que amanhã possamos conhecer as ações desenvolvidas em Puerto Iguazu e Ciudad del Este. Agora, com a reintrodução do sarampo e da febre amarela, as áreas de fronteiras estão sendo priorizadas para vacinação”, reiterou.
De acordo com Cristiane Pereira de Barros, da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, a circulação de pessoas dos países vizinhos e também de turistas em Foz do Iguaçu precisa ser discutida. “Se essa população busca vacina aqui no Brasil, ela vai ser vacinada, isso não é negado. Mas a ideia é que cada país possa vacinar a sua população de acordo com seus insumos, observando suas demandas”, afirmou.
As ações coordenadas renderão ainda um melhor acompanhamento para avaliação e monitoramento, para que outras atividades contínuas possam ganhar corpo.
Integração
Para Maria Goreti Davi Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, os trabalhos integrados são fundamentais para maior controle do avanço da febre amarela e do sarampo no estado. “Temos estudo coordenado pelo MS com a avaliação e acompanhamento dos corredores ecológicos. Sabemos que em relação à febre amarela há possibilidade de chegar, e a necessidade de nos anteciparmos com vacinação. Em relação à dengue, há a questão climática, e requer estratégia articulada e integrada entre entes federados”, pontuou.
“Essa presença do Ministério aqui é muito importante. O Programa Nacional de Imunização reconhece a dificuldade de produção e logística para doses necessárias à população e nos estados. Estamos trabalhando de forma articulada para vencermos obstáculos e garantir a cobertura vacinal para toda a população”, reforçou Maria Goreti.
Para a diretora da Vigilância em Saúde Carmensita Gaievski, o encontro deve facilitar ainda mais o diálogo entre as cidades e auxiliar na superação de problemas pontuais como a baixa cobertura numa população ausente durante campanhas. “A estratégia avança, mas ainda precisamos orientar essas pessoas para que voltem a buscar a vacinação”.
Carmensita também avaliou como excelente a campanha realizada no final de semana, onde foram ministradas 5 mil doses de mais de dez diferentes vacinas. A vacinação tem continuidade, mas um novo lote de vacinas deve chegar somente na segunda quinzena de setembro, de acordo com a 9ª Regional de Saúde, que faz o repasse das doses aos municípios.
O encontro entre as instâncias prossegue até sexta-feira, com visitação dos grupos a unidades de saúde.
