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Processos de seleção internacional da Unila recebem 1.709 inscrições de 26 países

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Candidatos de 26 países estão disputando as vagas de graduação oferecidas pela Unila nas três modalidades de seleção internacional. No total, foram 1.709 inscritos. A primeira chamada está programada para o dia 3 de outubro, mas os candidatos devem ficar atentos aos prazos para correções e recursos previstos no cronograma.

O Processo Seletivo Internacional de Estudantes (PSI), destinado a candidatos latino-americanos e caribenhos, a seleção de indígenas e a seleção de refugiados e portadores de visto humanitário são os processos para ingresso de estrangeiros. O pró-reitor de Relações Institucionais e Internacionais, Rodrigo Medeiros, considera expressivo o número de inscritos nos três processos. “É significativo porque, apesar da ausência da promessa de bolsas, esse número não caiu. Agregaria, ainda, uma informação: o Brasil vive uma péssima fase com relação a sua imagem. E, a despeito da piora patente da nossa imagem, [os estudantes] continuaram a procurar a Unila”, avalia.

O PSI tem 1.420 candidatos de 18 países. A maioria é da Colômbia (32,34%). Na sequência, estão Paraguai (12,86%), Peru (8,39%), Haiti (11,42%) e Venezuela (5,23%) – veja quadro ao lado. Como ocorreu no ano passado, a Unila permitiu o acesso de candidatos de outros países que moram no Brasil, mas estes, obrigatoriamente, devem ter estudado o ensino médio integralmente em outro país latino-americano. O candidato não pode ter nacionalidade brasileira, mesmo que em dupla cidadania.

“A Colômbia está no seu lugar natural. É um país grande, com uma população absoluta maior que a da Argentina, e tem carência de vagas gratuitas como as que oferecemos”, analisa. Para o pró-reitor, a presença de argentinos e paraguaios entre os inscritos precisa ser ampliada. “Sinto uma certa frustração com relação ao número de argentinos e paraguaios. Acho que o potencial [de inscrições] está muito distante de ser alcançado”, diz, lembrando que Foz do Iguaçu está muito próxima do Paraguai e que, na Argentina, apesar de o ensino superior ser considerado melhor que o brasileiro, as universidades nacionais estão concentradas no centro do país e, portanto, geograficamente distantes da população da fronteira com o Brasil.

Refugiados e visto humanitário

O Processo Seletivo de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário teve 104 inscritos, de 3 continentes: América Latina e Caribe (71,15%), África (26,92%) e Ásia (0,96%) – veja quadro acima. Esta é a segunda vez que o processo é realizado para atender pessoas com status de refugiado reconhecido no Brasil, solicitante de refúgio ou portador de visto humanitário no País. A primeira convocação de aprovados está programada para o dia 18 de outubro. O pró-reitor chama a atenção para os refugiados sírios – a Unila recebeu apenas uma inscrição. “Quem roda nas ruas de Foz do Iguaçu nota que temos muitos imigrantes sírios recém-chegados. Temos de estudar [porque não temos inscritos]. Temos de entender porque não estão contemplados. São parte de uma comunidade vulnerável e parte importante da cultura da nossa cidade”, comenta.

Indígenas

Na seleção específica para ingresso de alunos de povos indígenas aldeados da América do Sul, foram registrados 185 inscritos, dos quais 147 são brasileiros (79,45%).

Também poderiam disputar as vagas indígenas de outros nove países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela – apenas o Uruguai não tem candidatos inscritos (veja quadro ao lado). 

A primeira convocação de aprovados está programada para o dia 17 de outubro.

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