Desde o início da manhã desta quarta-feira, 06, moradores de Puerto Iguazú fecham a entrada do Parque Nacional do país vizinho, além da entrada do aeroporto e o acesso a cidade. A única rota que está sendo liberada pelos manifestantes é a que vai a cidade até o aeroporto, para que os turistas que têm vôos programados possam ir ao terminal aéreo.
A ação é um ato de protesto contra a possível construção de uma Mega Vila no meio da área do Parque Nacional do Iguazú, local onde estão localizada as Cataratas.
De acordo com o site argentino La Voz de Cataratas, o secretário de Turismo Gustavo Santos, apresentou uma proposta no início de dezembro de 2018, para atrair investimentos privados ao projeto, que tem por objetivo desenvolver serviços de turismo em áreas naturais protegidas na Argentina. O evento, realizado na Casa Rosada, em Buenos Aires, envolveu investidores estrangeiros que estudaram cuidadosamente as “37 oportunidades” identificadas pelo governo para que investidores privados invistam em “acomodações e atividades turísticas dentro dos Parques Nacionais”.
As Cataratas do Iguazú representam uma dessas oportunidade. Em uma área de 12 hectares, seriam explorados serviços de glamping (acampamento de luxo), hotéis e restaurantes, entre outros serviços.
“A biodiversidade será afetada. O pernoite das pessoas que ficarão no parque destruirá todo o processo de recuperação da selva”, lamenta José Barrios, membro da Fundação Amigos dos Parques, em entrevista ao site La Voz de Cataratas.
A resposta do governo foi que o projeto seguirá em frente e que deve ser licitado agora em fevereiro, por isso, o protesto da população.
