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Preços de produtos da cesta básica aumentam até 175% durante a greve em Foz

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O boletim ressalta que a maioria dos produtos ofertados para os consumidores no período da greve era oriunda do estoque dos próprios supermercados, que já se encontravam no fim. “A economia brasileira é essencialmente dependente do modal rodoviário. Os efeitos da paralisação foram sentidos instantaneamente. No caso das carnes, o impacto só não foi maior por causa do abastecimento de frigoríficos da cidade”, disse. Kawamura explicou que produtores locais também estavam abastecendo os mercados com produtos de hortifrúti, porém a oferta não foi suficiente para atender a todos os locais de compra. Na quarta-feira (23), a Ceasa de Foz do Iguaçu, por exemplo, já estava com 90% de desabastecimento de frutas e legumes.

Cesta básica aumentou 2,9% em maio

A paralisação dos caminhoneiros impactou diretamente no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz) do mês de maio, que apresentou um aumento de 2,9% em relação ao mês anterior. Este é o maior índice desde que o IPC-Foz começou a ser calculado pelo Cepecon, em setembro de 2017.

A maior variação foi observada no preço da cebola, que aumentou 73,4%. Desde o final de abril, o preço da cebola estava subindo devido ao fim da safra. Além disso, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia da USP, na semana da greve, os produtores desaceleram a colheita, podendo, assim, impactar os preços mesmo após o fim da paralisação. A batata aumentou cerca de 28% no período e o tomate, 18,2%, devido à queda da temperatura que influenciou a maturação do fruto.

Entre as hortaliças, a maior variação foi da alface (9,9%); e entre as frutas, a melancia aumentou cerca de 87%, seguida do mamão (3,38%). Em contrapartida, a banana-caturra reduziu cerca de 29% com o início da colheita na região do Vale do Ribeira (SP) e em Santa Catarina.

No item das carnes, a costela bovina apresentou elevação nos preços de 16%, seguida da paleta bovina (10,8%) e da carne de porco (5,31%). No entanto, outros tipos de carnes apresentaram queda nos preços. O contrafilé diminuiu cerca de 3,2%, assim como o patinho (-6,1%). O aumento na carne suína provavelmente impactou nos preços de seus derivados industrializados. A linguiça, por exemplo, aumentou 9,8% e a mortadela, 20,8%. Entre os leites e derivados, apenas o iogurte apresentou aumento, com cerca de 11%. O leite UHT reduziu 6,6%. O leite em pó (-4,5%), o queijo (-4,7%) e o leite condensado (-6,8%) também apresentaram queda.

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