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Críticas e pressão foram fundamentais para realização da Feira do Livro

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Foto: Antônio Lopes

De acordo com a assessoria de imprensa da Feira do Livro de Foz do Iguaçu, mais de 100 mil pessoas participaram da 13ª edição do evento este ano. A feira foi realizada de 07 a 17 de setembro. Instalada no Complexo Bordin, em um espaço de mais de 5 mil metros quadrados, o evento ofereceu à comunidade 25 mil títulos de livros e uma programação com mais de 250 atrações artísticas, entre shows, cozinha literária, lançamentos de livros, debates, recreação, contações de história, envolvendo públicos de todas as faixas etárias e segmentos. Nesta terça-feira, 19, o diretor-presidente da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, Juca Rodrigues, conversou com o Clickfoz e fez um balanço sobre o evento, confira:

Foto: Kaique Rocha/Clickfoz

CLICKFOZ – Como foi reestruturar a feira aos moldes antigos?

Juca – A gente sentiu o reflexo desta ação diminuída do ano passado, já chegamos com uma crítica e uma pressão. “Olha, precisa resgatar, é um evento querido e abraçado pela cidade”. E realmente se você observar, é incrível como as pessoas vão na feira. Teve um estande, por exemplo, que vendeu 600 livros em apenas um domingo. Durante os 11 dias, a feira recebeu cerca de 100 mil pessoas. Com todo este fluxo, a gente observa a necessidade das pessoas de terem eventos culturais e reafirma o que as pessoas diziam, de como a feira é um evento querido.  Foram mais de 250 atividades na feira do livro. O desafio que ficou é fazer um evento melhor ainda no ano que vem.

CLICKFOZ – Como foi organizar a feira em tão pouco tempo?

Juca – Foi difícil. Mas, buscamos organizar com muita segurança para que as pessoas se sentissem bem no evento. E a estrutura que nós colocamos também possibilitou maior conforto do público. Espaços para transitar mais largos, espaços de convivência, de família, fraldário, lugares pesando no bem-estar. Por isso, tivemos que propor uma ação intensa, mas foi muito gratificante o resultado. Foi um desafio, mas um desafio muito bom.

CLICKFOZ – O deadline curto atrapalhou na participação popular?

Juca – Pelo contrário. Fizemos uma pesquisa durante os 11 dias, com públicos variados para termos um diagnóstico e podermos medir o que as pessoas acharam. Logo teremos esta tabulação.

CLICKFOZ – Como o novo local impactou na feira?

Juca – Ouvimos só coisas boas tanto de quem trabalhou, quanto de quem visitou. Eles nos disseram que foi mais agradável, mais tranquilo de montar também. Partimos de uma estrutura de mil metros quadrados do Mitre, para 4 mil no Complexo Bordin, para proporcionar conforto. Ser fora da área central não atrapalhou. Foz é uma cidade espalhada. O centro é longe de várias localidades, mas mesmo assim, as pessoas visitam. Acredito que temos que encontrar uma forma de incluir estas pessoas no evento, aconteça onde acontecer. O Complexo também é um corredor turístico e mais confortável que a Avenida da Praça do Mitre. Para gente funcionou muito bem esta mudança.

CLICKFOZ  – Como você vê a união entre a Fundação Cultural e a Secretaria da Educação para a realização e organização da feira?

Juca – A parceria foi fantástica, muito boa para nós. A gente ainda quer incluir outras secretarias. Já tivemos a participação da Secretaria de Turismo, como um apoio forte e queremos incluir na organização também, pensando no turismo cultural. As ideias convergem muito bem. Apesar da realização ser destas duas instituições (Fundação e Secretaria da Educação), a opinião de cada um é importante, porque é uma visão diferente para o evento. E assim a gente consegue ver alguns detalhes que poderiam passar despercebidos.

CLICKFOZ  – O prefeito Chico e o vice-prefeito Bobato são muito ligados a cultura. Eles fizeram algum pedido especial à Fundação que impactou na Feira?

Juca – Eles confiaram no nosso trabalho. Mas, pediram para que déssemos destaque para o escritor local e encontrar uma forma do evento ser agradável para todos e foi em cima disso que a gente trabalhou.

CLICKFOZ – O você pode avaliar de positivo no evento?

Juca – O grande diferencial para nós foram as parcerias, mas para o público, foi a estrutura.

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