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Atletas de Foz conquistam Ouro, Prata e Bronze no Pan-americano

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A Canoagem Slalom do Brasil conquistou pódio nas cinco categorias disputadas, dessas três foram conquistadas por atletas do Instituto Meninos do Lago,  de Foz do Iguaçu. Ana Sátila ganhou um ouro pelo C1 Feminino e uma prata no K1 Feminino, Felipe Borges ficou com um bronze no C1 Masculino. Além deles, mais duas medalhas de prata, com Pedro Gonçalves (K1 Masculino) e outra no C2 Masculino com Charles Corrêa e Anderson Oliveira realizando 100% de aproveitamento.

Foto: Bruno Miani/Inovafoto/COB
Ana conquistou duas medalhas no Pan-americano no Canadá, neste domingo, 19

No K1 Feminino a disputa foi acirrada, Sátila ganhou a prata mas por pouco também não levou a medalha dourada, ela ficou há dois centésimos de segundo (97.94s) atrás da primeira colocada a canadense Jazmyne Denhollander (97.92s). A americana Ashley Nee também quase surpreendeu a brasileira, a diferença entre as duas foi de um centésimo o tempo de Nee foi 97.95 segundos.

Competindo pelo C1 Feminino ela desbancou as concorrentes e fez o tempo de 113.01 segundos, 18.42 a mais que a medalha de prata a americana Collen Hickey. A atleta avaliou as adversidades da pista realizada em um leito natural de um rio, comum em alguns locais para a prática da Canoagem Slalom, "Fei impiquressionada com a pista, que era muito rápida. É diferente de uma corredeira artificial. Mas estou muito feliz com a vitória", os canoístas do Brasil treinam no Canal Itaipu em Foz do Iguaçu, o local é uma pista artificial única na América Latina e considerada uma das melhores do mundo.

Natural de Iturama em Minas Gerais, com três anos a pequena menina mudou  com sua família para Primavera do Leste no Mato Grosso onde começou a praticar esportes, por incentivo do pai, Cláudio Vargas iniciou na natação e  conseguiu vencer várias competições. Com apenas nove anos ela descobriu a Canoagem Slalom e três anos depois já foi campeã brasileira sênior pelo K1 Feminino em Três Coroas no Rio Grande do Sul. “Ela é muito determinada e muito especial, ela tem um espirito de líder” comenta o Pai.

Em 2012 mudou para Foz do Iguaçu para ingressar na Equipe Permanente e também competir pelo Instituto Meninos do Lago, daí em diante ela supera os seus próprios índices. Em 2013, no Mundial Júnior na Eslováquia, ela foi medalha de bronze pelo C1 Feminino, já na edição de 2014, na Austrália, ela conquistou um ouro no K1 Feminino. No ano de 2015, que marcou o início da atleta na categoria Sub-23, ela conquistou uma medalha de prata no Mundial realizado em Foz do Iguaçu. Outro feito recente de Ana Sátila foi a medalha de bronze na 1a Etapa da Copa do Mundo em Praga, na República Tcheca.

Pelo C1 Masculino, o iguaçuense Felipe Borges conquistou a primeira medalha do dia para a Canoagem Slalom, com o tempo de 98.41 segundos ele garantiu um bronze e superou o argentino Sebástian Rossi que tinha ficado a frente do brasileiro nas classificatórias e na semifinal. “Isso demonstra que todo o nosso trabalho e a estrutura que estamos tendo dão resultados, não tenho dúvida que nos Jogos Olímpicos em 2016 vamos buscar resultados muito bons”, fala o atleta . A medalha de ouro ficou para o americano Casey Eichefeld com o tempo de 92.80s já a prata foi para o canadense Cameron Smedley (94.09s).
 

Foto: Bruno Miani/Inovafoto/COB
Felipe conquistou uma medalha de bronze para o Brasil

Praticando o esporte há 10 anos, o pai Auri Borges da Silva conta que o atleta era empolgado para ir remar, “eu já imaginava que ele ia longe, ele levantava com muita vontade podia estar frio ou calor ele estava sempre disposto” fala seu Auri com muito orgulho do filho. Borges ingressou na Canoagem Slalom graças ao Projeto Social Meninos do Lago que inclui mais de 100 jovens e adolescentes que treinam no Canal Itaipu dentro da Itaipu Binacional, atualmente é considerada a melhor escola do esporte no Brasil.

Pedro Henrique Gonçalves fez o melhor tempo no K1 Masculino, mas com uma penalidade o atleta terminou a prova em 89.02s atrás do americano Michal Smolen com 87.14 e garantiu a medalha de Prata. “Eu estou muito contente com a minha descida na final, fiz o meu máximo, fiz o que eu pude, fui o mais rápido, mas só que houve um penalidade (o atleta ganhou dois segundos no tempo), mas quero comemorar esta prata”, comenta o canoísta.

Conhecido por amigos e colegas como “Pepe” o jovem nascido em Piraju, São Paulo apostou tudo no esporte e com apenas 16 anos se mudou sozinho para a Terra das Cataratas e ingressou na Equipe Permanente de Canoagem Slalom sediada na cidade, a irmã Ana Carolina Gonçalves lembra que seu irmão sempre foi um lutador. “Eu o amo, ele é  ser humano humilde, dedicado, carinhoso, muito corajoso e honesto, adjetivo que considero o mais importante”. O atleta está trabalhando forte, nas últimas etapas da Copa do Mundo o atleta conquistou vagas nas semifinais e no último Mundial Sub-23 ele garantiu o conquistou o 7o lugar.

Outro medalha de prata foi obtida pela dupla Charles Corrêa e Anderson Oliveira no C2 Masculino, eles terminaram a prova com 109.73 segundos, quem ganhou o ouro foi os americanos Devin Mcewan e Casey Eichefeld com 106.95 segundos, o bronze ficou para os argentinos Sebástian e Lucas Rossi.

A Canoagem Brasileira se consagra como uma das maiores forças esportivas no Pan-americano, ao todo foram conquistadas três medalhas de ouro, seis medalhas de prata e cinco medalhas de bronze nas modalidades de Canoagem de Velocidade e Canoagem Slalom. Para João Tomasini Shwertner presidente da Confederação Brasileira de Canoagem isso tudo é fruto de um longo caminho que iniciou há mais de uma década.

“Tivemos várias fases importantes, em 2001 com a Lei 10.264 a também chamada Lei Agnelo/Piva que proporcionou um avanço na captação de recursos e que estruturou as entidades, na Canoagem Slalom em específico um divisor de águas com o Canal Itaipu em 2006 uma das melhores estruturas do mundo para a prática deste esporte e propiciou uma preparação de excelência para os atletas. Mais tarde em 2012 com a chegada do importante patrocinador o BNDES através da Lei de Incentivo ao Esporte e do Ministério do Esporte que sempre nos ajudou com os equipamentos necessários e o Comitê Olímpico Brasileiro no apoio as viagens e agora em 2015 com a entrada de mais um importante patrocinador a General Eletric – GE. Nenhum menos importante que os outros, todos formam uma orquestra que ajudou a construir esses resultados”. 

 

 

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