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Mais de 1.100 pessoas serão beneficiadas em projetos em Foz do Iguaçu

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“Para eles, há a questão do sonho, de saber que alguém está se importando com eles. Faz com que pensem no futuro e almejem coisas grandiosas”, afirma o professor Ronaldo Cleber Cáceres, fundador do projeto “Um Chute Para o Futuro”, sobre a expectativa das cerca de 100 crianças que vão participar este ano das atividades promovidas por meio de um convênio de cooperação entre a Fundação Parque Tecnológico Itaipu e a Fundação Banco do Brasil.

O projeto é uma das instituições beneficiadas pelo convênio, que tem apoio da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, e vai atender ainda a entidade sem fins lucrativos Núcleo Criança de Valor, a escola municipal Monteiro Lobato e o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS Norte), todos de Foz do Iguaçu. Mais de 1.100 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos devem participar das capacitações. Embora algumas ações do acordo já tenham sido iniciadas, o lançamento oficial foi realizado no PTI na segunda-feira, 10.

O objetivo do convênio é a reaplicação e o desenvolvimento de tecnologias sociais educacionais, voltadas à solução de problemas sociais, que sejam facilmente replicáveis e a baixo custo.

Para isso, três projetos serão realizados: o Aprender e Crescer, que ensina programação de software para jovens; o Permacultura e Sustentabilidade, que promove a formação de jovens e adultos, integrando meio ambiente e desenvolvimento a partir de técnicas de produção saudável e sustentável; e o Laboratório Vivo, que capacita professores em técnicas do ensino das ciências, desenvolvendo habilidades reflexivas e investigativas nos alunos.

Durante o lançamento do convênio, o diretor superintendente da Fundação PTI, Juan Carlos Sotuyo, falou do orgulho do povo brasileiro, que “pede uma oportunidade, pega essa oportunidade e se agarra de uma forma impressionante”. “Isso que nos dá força de apostar nesse processo de educação permanente e continuada. Acreditando que vamos conseguir superar todas essas mazelas sociais que nos envergonham como cidadãos e das quais essas crianças não têm a mínima culpa”, declarou.

O gerente de relacionamento do Banco do Brasil, Luiz Vieira, usou a frase de Paulo Freire como exemplo: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. “De 250 crianças, se conseguirmos mudar a realidade de uma delas, já valeu a pena o investimento da Fundação Banco do Brasil e da Fundação PTI”, ressaltou.

O convênio também prevê o acesso das comunidades a cursos de artesanato ofertados pelo Ñandeva, que já foram iniciados no CRAS Norte, gerando uma oportunidade de renda para as famílias. A previsão é que as oficinas de Permacultura e Sustentabilidade e o Laboratório Vivo sejam iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano; enquanto o Aprender e Crescer deve começar no segundo semestre.

Conhecimento será replicado e fortalecerá vínculos

Para o fundador do Chute para o Futuro, a importância dos projetos da Fundação PTI e da Fundação Banco do Brasil é que o aprendizado das crianças e adolescentes poderá ser replicado. “O conhecimento que eles vão adquirir será levado para os familiares e também para outras crianças que não fazem parte do projeto”, disse. “Eles não vão fazer apenas recreação esportiva, mas trabalhar a cidadania para que possam fazer com que outras crianças se espelhem neles”, destacou Ronaldo.

No CRAS Zona Norte já estão sendo desenvolvidas oficinas de artesanato a partir do convênio. “Iniciou em março e já tem gente produzindo e até vendendo peças”, contou a coordenadora do Centro, Maria Aparecida de Souza. Ela afirmou que a expectativa é que as capacitações feitas pela parceria com a Fundação PTI e Fundação Banco do Brasil auxiliem famílias que hoje estão em situação de vulnerabilidade social a construir os vínculos familiares e comunitários. “Esperamos que eles possam aprender e futuramente buscar a sua autonomia. Essa é a proposta, de eles serem protagonistas sociais”. Atualmente o CRAS acompanha em média 150 pessoas – entre crianças, adolescentes e adultos; e, por mês, faz em média 1.200 atendimentos.

“Essa parceria veio somar, porque muitas vezes a assistente social atende e não sabe para onde encaminhar. A região é carente, não tem nada para ofertar. Por isso, para nós é importante, o convênio entrar com a parte prática e o CRAS com a equipe técnica dá o suporte”, complementou a coordenadora.

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