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Foz consegue parar a Segundona

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Foto: Divulgação
Domingos Moro defende o Foz no TJD-PR

O Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol (FPF-PR) acatou pedido do Foz do Iguaçu Futebol Clube e suspendeu os efeitos da condenação proferida na última segunda-feira (01/08). Com isso, a rodada da Divisão de Acesso, marcada para o próximo domingo (07/08) fica suspensa até definição do caso por parte do TJD. A rodada tinha sido marcada considerando a eliminação do Foz e a inclusão do Nacional de Rolândia no Quadrangular Final.

A conquista é apenas a primeira vitória esperada pelo advogado Domingos Moro, contratado para fazer a defesa do Foz. Moro, que é um dos mais atuantes e vitoriosos causídicos do esporte brasileiro, já havia adiantado que o primeiro passo era anular a decisão que a Primeira Comissão Disciplinar sentenciou no início da semana.

O próximo passo, segundo o advogado será tentar validar o confronto anulado entre Foz e São José como uma partida válida pelo campeonato. A principal argumentação é a de que a partida gerou efeitos na tabela de classificação e, portanto, deve ser considerada, também, para efeitos de ‘descarga’ de cartões. “Como podemos admitir que o jogo não existiu, se ele fez somar três pontos ao Foz na tabela e ainda um gol no saldo”, indagou Domingos Moro.

Até o fim da tarde desta sexta-feira, o julgamento ainda não tinha data para acontecer, devendo a rodada ficar suspensa até decisão final do TJD-PR. O caso agora deve seguir para o Pleno do Tribunal, uma sessão coletiva da qual participam o Presidente e os relatores de todas as comissões do TJD.

Independente do resultado do Pleno, a questão pode ainda ter mais um recurso e ir parar no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Nesse caso, o campeonato pode ficar suspenso até decisão final, ou seguir sendo declarado sub judice, evidenciando que os seus resultados podem ser revertidos no futuro.

Histórico
– O Foz do Iguaçu Futebol Clube foi punido com a perda de seis pontos por ter escalado o lateral Alison, na partida contra o Sport, em Cascavel. Alison recebera o terceiro cartão amarelo duas rodadas antes, contra o Iguaçu, porém, o time acabou não jogando contra o São José, que abandonou o campeonato.
Nos cálculos do Foz, a partida anulada valeu como WO, portanto foi válida para zerar os cartões; já a FPF considera que o jogo não existiu e a suspensão seria cumprida no confronto com o Sport Campo Mourão.

Domingo Moro
– O advogado do Foz tem fama nacional, já tendo atuado em casos relevantes, à frente de equipes como o Atlético Paranaense, entre outros. Para os iguaçuenses, a maior lembrança de Moro remete à batalha contra o Operário de Ponta Grossa, em 2008. Naquela ocasião, o advogado defenderia o Foz, mas acabou sendo contratado pelo Fantasma. Embora tenha perdido a causa, Domingos Moro causou muita preocupação à torcida do Foz, uma vez que dificultou em muito os trabalhos dos defensores iguaçuenses no Pleno do TJD-PR.

Moro garante ter muita jurisprudência favorável ao Foz, nesse caso. Ele próprio, lembra que já defendeu uma equipe catarinense em situação semelhante. Naquela ocasião, o Porto, de Porto União, foi prejudicado no TJD-SC, mas reverteu o quadro no STJD.

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