Na noite de autógrafos de seu livro “O Brasil no topo do mundo”, o alpinista Waldemar Niclevicz sentiu-se em casa. A cada uma das dezenas de pessoas que prestigiaram o evento, nesta quarta-feira (3) à noite, no Ecomuseu de Itaipu, ele fez questão de lembrar seu orgulho por ser iguaçuense.
No seu livro, o primeiro capítulo tem justamente o título de “Nasci em Foz do Iguaçu”. E, entre suas proezas, Niclevicz destaca também as travessias que fez nas Cataratas, em 2001 e 2011, lado a lado com as proezas que fazem dele o maior alpinista brasileiro de todos os tempos.
Foto: Foz do Iguaçu Destino do Mundo |
Niclevicz lança livro em Foz do Iguaçu: evento foi no Ecomuseu de Itaipu, na noite de quarta-feira, 3 |
Resultado de sete anos de trabalho, o livro “O Brasil no topo do mundo” une duas paixões de Niclevicz, as aventuras nas montanhas mundo afora e a fotografia. São nada menos que 1.320 fotos, distribuídas em 28 capítulos e 420 páginas, que mostram as maiores conquistas do alpinista, primeiro brasileiro a escalar o topo do Everest, a maior montanha do mundo, em 1995, e também o temível pico K2, no Paquistão, considerado a mais difícil de ser alcançado.
Mas ele também valoriza outras duas façanhas: as tirolesas nas Cataratas do Iguaçu. Ele cruzou a Garganta do Diabo, pendurado apenas por uma corda, em 2001. E escreve que foi “uma das experiências mais fantásticas que já tive”.
Em 2011, para ajudar a conseguir votos e eleger as Cataratas como uma das novas sete maravilhas da natureza, fez novamente a travessia da Garganta do Diabo. E conta que chorou, emocionado, “enquanto lutava contra o vento empurrado pela força das águas, para manter aberta a bandeira onde estava escrito ‘Vote Cataratas do Iguaçu’”.
Foto: Foz do Iguaçu Destino do Mundo |
Niclevicz em noite de autógrafos no Ecoumuseu |
Depois de escalar as maiores montanhas da Antártida, da Europa, da Oceania e das Américas do Sul e do Norte, Niclevicz diz que, agora, quer dedicar-se ao seu “projeto de vida”: aprofundar-se nos estudos do Mundo Andino, para chegar a um perfil tanto físico quanto humano de seu entorno, onde também entram as questões ambientais e sociais.
A renda com a venda do livro – e mais patrocínios que Niclevicz ainda busca – será utilizada nesse projeto, que inclui ações socioeducacionais nas comunidades andinas, muito pobres e desassistidas, principalmente na Bolívia e Peru, onde “não recebem nenhum atendimento”. Para desenvolver completamente o projeto, ele diz que serão necessários cerca de US$ 200 mil.