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Valores dos presentes para o Dia das Mães sobem menos que a inflação dos últimos 12 meses

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Pesquisa divulgada na quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) revela que nem todos os produtos mais procurados para o Dia das Mães apresentaram o mesmo percentual de alta em comparação ao ano passado.

Dentre os itens selecionados pela FGV, o que se percebe é que os preços, em média, não superaram a inflação. “Subiram menos”, disse o economista do Ibre, André Braz, coordenador da pesquisa. A variação média dos presentes para as mães ficou em 4,12%, inferior à inflação de 5,72% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S Brasil), para os últimos 12 meses.

Segundo o economista, o consumidor não vai sentir tanta diferença na hora de escolher o presente para o Dia das Mães em relação ao ano passado. Há, contudo, exceções, como flores, por exemplo, que marcam a ocasião. Braz revelou que flores e plantas naturais subiram 12,45% em 12 meses.

Já os produtos da linha branca estão com preços mais competitivos do que no ano passado. Apesar da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedida pelo governo em 2009, já ter acabado para vários produtos, permanecendo apenas para os itens com alta eficiência energética, Braz afirmou que ainda se percebe uma vantagem em relação a 2009. Alguns produtos ainda estão mais baratos, tais como refrigeradores, freezer, máquina de lavar roupa e fogão, que mostram deflação de 1,38%, 3,57% e 1,78%, respectivamente, no período pesquisado.

Outro item procurado pelos consumidores para presentear as mães, que são jóias e bijuterias, também teve aumento de preço superior à inflação acumulada em 12 meses, atingindo 8,41%. Os produtos de vestuário subiram 4,58%, acompanhando a variação da inflação. “Então, relativamente ao ano passado, o consumidor não deve perceber uma alteração significativa em seus preços, porque o comércio abre as portas com grandes promoções. E isso pode ser vantajoso na hora de escolher o presente”, indicou.

Quem optar pelo tradicional almoço fora de casa vai pagar mais caro neste ano. As refeições em restaurantes tiveram alta de 6,21% em 12 meses, variação acima da inflação. Segundo Braz, isso se deve ao fato de muitos alimentos importantes usados como insumo na preparação de refeições terem subido de preço. Além disso, está embutido nessa variação o crescimento da massa salarial e do emprego.

“Todos os serviços encontram espaço para subir de preço nesse contexto de crescimento. Então, é natural perceber aumentos acima da inflação e a conta do restaurante também vai pesar no bolso dos filhos”, concluiu.

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