Já é possível ter uma ideia do que as vacinas trazem de positivo no combate à covid-19. Houve uma redução sensível no grupo mais vulnerável a ter as formas mais graves da doença e de ir a óbitos – os idosos.
Numa comparação entre dois primeiros bimestres de 2021 (janeiro e fevereiro) e maio e junho (parcial, até dia 16), o percentual de idosos internados e que faleceram teve uma boa redução, a partir do início da vacinação por idade. O Programa de Imunização em municipal começou no dia 20 de janeiro, inicialmente para o pessoal de saúde diretamente envolvido no enfrentamento à doença.
A vacinação por idade começou no dia 9 de fevereiro, para idosos acima de 90 anos. No dia 26 do mesmo mês, teve início a imunização de pessoas acima de 80 anos. E o ritmo prosseguiu de acordo com a chegada de novos lotes de imunizantes. No início de maio foi aberto o agendamento para pessoas com 60 anos ou mais.
Mesmo com todas as dificuldades, o processo foi sendo acelerado e, agora, a faixa etária atendida é a de pessoas com 48 anos ou mais.
“Fizemos toda uma organização para não deixar em nenhum momento vacinas paradas. Tão logo chegam novos lotes, temos toda uma equipe e estruturas mobilizadas para agilizar a aplicação dos doses”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Rosa Maria Jerônymo.
O efeito das vacinações, no entanto, já mostra resultados, conforme apresentado a seguir, tanto em internamentos quanto em óbitos.
Internamentos
Em janeiro e fevereiro de 2021, o total de pessoas internadas, com 60 anos ou mais, representou 47,4% do total.
Mais de 80 anos – 10,4%
70 a 79 – 18,1%
60 a 69 – 18,9%
50 a 59 – 19,8%
40 a 49 – 16,5%
30 a 39 – 9,8%
20 a 29 – 4%
Em maio e junho (até dia 16), a situação mudou: apenas 28,6% das pessoas internadas tinham 60 anos ou mais.
Mais de 80 – 4,4%
70 a 79 – 7,9%
69 a 69 – 16,1%
50 a 59 – 28,5%
40 a 49 – 20,9%
30 a 39 – 13,9%
20 a 29 – 4,9%
Mortes pela covid-19
Em janeiro e fevereiro, quando iniciou o processo de imunização contra a covid-19 em Foz do Iguaçu, foram registrados 142 óbitos somados nos dois meses. As mortes de idosos com 60 anos ou mais foram 79,5%.
Mais de 80 – 23,9%
70 a 79 – 32,4%
60 a 69 – 23,2%
50 a 59 – 12,7%
40 a 49 – 6,3% 30 a 39 anos – 1,4%
Em maio foram registrados 112 óbitos e em junho até o dia 16, 70 mortes. O percentual de idosos com 60 anos ou mais que faleceram com a doença representou 51,9% do total de mortes no período. Isto é, percentualmente, houve uma redução de 27,6% nas mortes de idosos. Há ainda um detalhe importante: já é expressivo o percentual de pessoas que morreram com idades entre 30 e 39 anos (4,9% do total), que nos dois meses anteriores não tinha representatividade.
Mais de 80 – 10,8%
70 a 79 – 16,9%
60 a 69 – 24,9%
50 a 59 – 31,4%
40 a 49 – 9,7%
30 a 39 – 4,9%
20 a 29 anos – 2,2%
“Os dados comprovam que as vacinas, de todas as marcas que estamos recebendo, são eficazes e são a solução para vencermos a pandemia. Estamos avançando muito no ritmo da vacinação e precisamos que toda a população continue aderindo à campanha, e que façam as duas dose para ter a imunização completa contra o coronavírus. Vacinar é um ato de amor próprio, mas também de amor para toda a sociedade”, destacou Rosa.