Projeto criado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) que prevê a realização de um censo inédito sobre o uso de substâncias psicoativas nas instituições estaduais de ensino superior do Paraná será desenvolvido nos próximos meses na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
A iniciativa da Seti, a cargo do Grupo de Trabalho para Enfrentamento ao Crack e outras Drogas (GT-Drogas), surgiu com a constatação do crescente consumo de drogas lícitas e ilícitas, principalmente por jovens, e por não existir estudo semelhante.
Detalhes dos trabalhos a serem realizados na Unioeste, com relação ao levantamento a ser feito, foram repassados na tarde de ontem ao Pró-reitor de Extensão, Gilmar Baumgartner, pela coordenadora geral do projeto na Seti, Michelle Sauer, também servidora no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) e por Dorisvaldo Rodrigues da Silva, presidente da Comissão do Grupo de Trabalho na Unioeste e servidor no Campus de Cascavel.
Ao pró-reitor eles explicaram a necessidade de nomear uma comissão em cada um dos cinco câmpus da Instituição, que será composta por representantes dos docentes, servidores e alunos. Deverá haver ainda uma comissão central que coordenará os trabalhos.
Na Unioeste em torno de 12 mil pessoas deverão responder ao levantamento. “Acreditamos que para o projeto ter sucesso é fundamental a participação dos docentes, agentes universitários e dos alunos”, disse Dorisvaldo, ao citar que os trabalhos deverão ser iniciados em abril próximo.
O levantamento será feito por meio de um questionário respondido online. A participação na pesquisa é voluntária e, segundo Michelle, “as informações serão tratadas com confidencialidade, preservando a identidade dos participantes e sendo utilizadas somente para montar a base de dados”.
O projeto conta com o apoio da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e terá cartazes e folderes, material que está sendo produzido em sua maior parte pela Gráfica da Unioeste, com recursos repassados pela Seti.
Combate às drogas – A iniciativa da Seti busca reunir informações que servirão de base para a elaboração de estratégias de combate ao uso de drogas, explica a coordenadora geral do projeto, Michelle Sauer, ao citar que em torno de 100 mil pessoas irão participar da pesquisa, envolvendo alunos, professores e agentes universitários de todas instituições de ensino superior estaduais.
“Com o estudo será possível identificar quais as drogas mais usadas, com que frequência e o segmento mais afetado”, diz Michelle. Segundo ela, com os dados levantados será possível definir medidas preventivas e de tratamento, considerando a realidade de cada instituição.
O Grupo de Trabalho para Enfrentamento ao Crack e outras Drogas (GT- Drogas) foi criado no ano passado e conta com representantes de todas as instituições de ensino superior mantidas pelo Estado.