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Unila se pronuncia sobre agressão contra estudante estrangeiro

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A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) repudia o ato de violência ocorrido contra o estudante do Haiti, Getho Mondesi, na madrugada de sábado, 14, no centro de Foz do Iguaçu, próximo a um dos alojamentos da Universidade. Getho é estudante do terceiro semestre do curso de Administração Pública e Políticas Públicas. Ele relata ter sido agredido na Avenida Brasil com insultos raciais e xenófobos, que terminaram com agressão física.

Ele conta que foi abordado por um grupo de jovens que usava expressões de cunho racista e que ainda tentou dialogar, mas sem sucesso. O estudante foi levado para uma unidade de saúde para receber os primeiros atendimentos médicos, mas preferiu voltar para Cascavel, onde sua família mora e para aonde estava se deslocando, no momento em que ocorreu a agressão.

Diante deste fato, a Unila vem a público manifestar seu repúdio a quaisquer ações de violência e informa que está apoiando o estudante com acompanhamento médico, psicológico e de assistência social. Além disso, o estudante recebeu orientações sobre o resguardo de seus direitos, a exemplo de registro de boletim de ocorrência e de colaboração na investigação policial.

Um ato como este, que é um crime, sensibiliza toda a comunidade universitária, composta por estudantes da região, de diversos estados e de outros 16 países da América Latina e Caribenha. A diversidade da Unila também está presente na origem de seus professores e técnico-administrativos em educação.

Ações – A Reitoria da Unila reuniu, nesta segunda-feira, 16, um grupo formado pelas pró-reitorias de Assuntos Estudantis, de Relações Institucionais e Internacionais, de Graduação, de Extensão e pela Secretaria de Comunicação Social para tratar o assunto e tomar as providências cabíveis, dando especial assistência aos estudantes haitianos neste momento.

A proposta é de participação coletiva, de forma intensa, nas atividades internas que estão sendo mobilizadas pela comunidade acadêmica, com atuação em grupos de debate, rodas de conversa e, também, atividades referentes às homenagens ao Hati, no dia 18 de maio, data em que é comemorada a Bandeira Haitiana, momento que remete às conquistas anticolonialistas, antiescravagistas e antirracistas.

Vários professores da Universidade, estudiosos sobre questões de racismo e xenofobia, trarão à tona o assunto em eventos acadêmicos e em matérias que serão publicadas no site institucional e disponibilizadas nos meios de comunicação. Demais manifestações sobre o lamentável episódio estão sendo publicadas por ações individuais e coletivas nas mídias sociais. Foz do Iguaçu, que é uma cidade que se orgulha de receber grupos de diversas etnias e culturas, não merece um ato desta natureza.

A Unila reafirma, ainda, seu compromisso público de promover uma sociedade mais justa, democrática, humana e diversa.

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