A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou nessa quarta-feira (29), a lei que institui o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades e institutos federais de todo o País. A lei prevê que essas instituições reservem ao menos 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas publicas, com as vagas distribuídas entre negros, pardos ou indígenas.
As universidades e institutos federais terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela lei.
Em Foz do Iguaçu, o Instituto Federal do Paraná (IFPR) já adota medidas semelhantes. Das vagas oferecidas, 20% são de inclusão racial, disponibilizadas para estudantes do grupo racial negro (sejam pardos ou pretos); 40% são de inclusão social, para estudantes que tenham realizado todo o ensino fundamental em escolas públicas; 5% são destinadas a candidatos indígenas; e 5% para candidatos com deficiência.
A decisão desagradou pessoas como o professor de Educação Física do Estado, Luiz Carlos Chavantes Júnior. “Sou contra, pois isso acaba enfatizando ainda mais a discriminação. Todos nós somos iguais. Não é porque você é negro que é menos inteligente”, destacou ao Clickfoz. A reitoria da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) ainda não definiu como irá funcionar os critérios da próxima seleção de estudantes da instituição.