A Unila foi uma das universidades paranaenses contempladas pelo Programa de Apoio à Criação, Manutenção e Consolidação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) no Estado do Paraná. A Universidade recebeu, no total, R$ 124.325,00, que deverão ser utilizados para a implantação e estruturação da Agência de Inovação da Unila.
A verba deverá ser utilizada principalmente para a promoção de capacitações, pagamento de depósitos de patente e aquisição de material bibliográfico. “Pretendemos realizar capacitações para que todo o corpo docente possa entender o que é patente e saiba como redigi-la”, diz a chefe da Divisão de Iniciação Científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), Jessica Aparecida Soares. Após a formalização da Agência de Inovação, já será possível depositar quatro pedidos de patente que estão aguardando para serem encaminhados.
Este trabalho de acompanhar o registro das patentes, oferecer suporte aos pesquisadores, buscar parcerias, entre outras atividades, será desenvolvido pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), que foi criado recentemente e servirá de suporte para a implantação da Agência. “No modelo que propusemos para a Fundação Araucária, o NIT trabalhará com propriedade intelectual e transferência de tecnologia, e terá uma outra divisão, para tratar de inovação e empreendedorismo”, detalha Jessica. Isso possibilita que, no futuro, a Unila venha a ter uma incubadora de empresas, por exemplo.
Pesquisas e patentes
O processo de formalização dessas instâncias é longo, conforme ela relata. Desde 2015, um grupo de trabalho foi formado para elaborar uma Política de Inovação da Unila. Para esta segunda etapa, foram convidados, então, os professores Oswaldo Hideo Ando Junior e Kelvinson Fernandes Viana, pesquisadores já com trabalhos amadurecidos e com patentes prontas para serem depositadas. Na opinião de Kelvinson, que é professor do curso de Biotecnologia, “é impossível termos uma universidade em evidência sem uma forte política interna de inovação e geração de patentes, pois isso gera formação de recursos humanos de elevada qualidade (alunos de graduação e pós-graduação) para o mercado de trabalho, retorno financeiro para a própria universidade via Royalties – quando o produto ou processo chega à indústria -, além de aproximar a universidade à comunidade local de forma positiva”.
O professor Oswaldo Hideo Ando Junior destaca que “as universidades brasileiras são amplamente conhecidas como entidades formadoras de conhecimento, com capacidade de produção de pesquisa relevante, e bem posicionadas em termos de artigos científicos publicados, mas ainda muito defasadas nos indicadores de inovação”.
Assim, para Ando Junior, “visando dar o primeiro passo em busca do estabelecimento da cultura de inovação em nossa Instituição e, consequentemente, dar nossa contribuição para a melhoria dos indicadores de inovação do Brasil, entendo que a criação da Agência de Inovação na Unila é estratégica para o futuro da Universidade, dando um grande passo para que possamos transformar conhecimento em riqueza, em prol do desenvolvimento do território e da sociedade brasileira”.
Para o chefe do Departamento de Pesquisa, professor Rodrigo Cantu de Souza, “este é só o primeiro passo, mas é um passo bem importante. Posteriormente, para cada uma das patentes depositadas, se tiverem algum tipo de inovação, de desdobramento, se conseguirmos colaboração de empresas que venham a desenvolver produtos em cima dessas patentes, já virão outros tipos de contratos, de trabalhos, conforme a Política de Inovação da Unila”, completa.
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