O mercado das startups no país tem aumentado significativamente nos últimos anos, segundo a ABStartups – Associação Brasileira de Startups, que tem, atualmente, 4.200 empresas registradas. Apesar da Associação apontar que a quantidade das que sobrevivem por muito tempo ainda é pequena (uma em cada quatro), daquelas que sobrevivem o impacto de crescimento é bem positivo. O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) tem apoiado e absorvido empresas que trabalham com tecnologias e soluções inovadoras para diferentes segmentos, por meio de um processo de incubação que oferece suporte para o desenvolvimento.
A Mobhis, empresa de Cascavel que trabalha com compartilhamento de bicicletas, é uma das startups incubadas no PTI. O processo de incubação iniciou em 2014, e nestes quatro anos, a Incubadora do Parque vem auxiliando no processo de amadurecimento e de desenvolvimento da empresa. Em fevereiro deste ano, a Mobhis foi procurada pela revista Você S/A, para uma reportagem especial sobre o foco nas cidades inteligentes.
Um dos projetos piloto da Mobhis foi no município de Toledo com 10 bicicletas em uma estação, e em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, onde a empresa está operando com 25 mil usuários e 110 bikes. Em Curitiba, a startup trabalha com uma estação híbrida no Instituto de Cidades Inteligentes, um projeto piloto para certificar a tecnologia do compartilhamento.
Para o CEO da Mobhis, Maurício Sena, a sobrevivência da Mobhis no mercado e o consequente crescimento e inserção em outros estados só foi possível com o apoio do PTI. “Devido a tantas dificuldades que enfrentamos atualmente, com o mercado cada vez mais competitivo, não teríamos força sozinhos para crescer e nos desenvolver sem estarmos incubados no PTI. Acredito que a incubação seja o melhor caminho para empresas que trabalham com soluções eficientes e inovação, porque o amadurecimento das tecnologias é lento e requer suporte que um processo de incubação, como o do PTI, oferece”, pontuou.
O gestor do Programa de Desenvolvimento de Negócios do PTI, responsável pela Incubadora do Parque, Pedro Sella, explica que na incubação, as empresas recebem a metodologia para desenvolver o projeto e as ferramentas para o desenvolvimento das soluções, e destaca que para o próximo mês já está prevista a abertura de um processo de incubação para 15 empresas/startups.
“Nosso foco são empresas que nascem da tecnologia e que apresentam ideias inovadoras. Na incubação trabalhamos com cinco eixos, o empreendedor, capital, mercado, tecnológico e gestão, e estamos atendendo 16 empresas incubadas, de Foz do Iguaçu, Cascavel, Marechal Cândido Rondon e Capitão Leônidas Marques, municípios da região Oeste do Paraná. Com o processo para novas empresas, a partir de abril, abriremos ainda mais a oportunidade para incubação de projetos que gerem tecnologia e promovam desenvolvimento da região”.
Em setembro de 2017, a Incubadora Santos Dumont recebeu a certificação do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), que estabelece um padrão nacional de incubação de empresas, e o PTI faz parte da primeira turma que alcançou o nível 1 de maturidade.