Servidores reagiram com indignação à “proposta” do governador Ratinho Junior (PSD), apresentada pela imprensa nesta quarta-feira, 03, para o fim da paralisação do funcionalismo. Na segunda semana, o movimento tem como pauta principal o pagamento de 17% da data-base.
Sem dialogar com os funcionários públicos, o governador “propôs” 0,5% de reposição em 2019, a partir de outubro, mediante a retirada de mais direitos que estão garantidos no plano de carreira da categoria, como as licenças especiais.
“É uma proposta inaceitável. Sequer há garantias de reposição, pois o governo condiciona aplicar os índices risíveis que divulgou à imprensa ao crescimento da economia e à retirada das licenças”, enfatizou Cátia Castro. “É a destruição da carreira dos servidores”, completou.
A indignação dos servidores também foi em relação ao desrespeito de Ratinho Junior com os funcionários de escolas. “Pela ‘proposta’ do governador, por exemplo, o índice significaria pouco mais R$ 5 no salário de uma agente I, PSS, o que não paga nem o vale-transporte de um dia de trabalho”, apontou Cátia.
A “proposta” de Ratinho Junior, com reposição parcelada até 2022 e fim das licenças, sequer será considerada pelos servidores em greve. A paralisação segue por tempo indeterminado, com a categoria aguardando uma proposição do governador para o início da negociação.