Em atendimento ao requerimento do vereador Zé Carlos (PMN), foi realizada na terça-feira (24), na Câmara Municipal, a primeira Audiência Pública do ano. De acordo com o vereador qualquer alterações no regime de trabalho dos servidores não pode ser decidido entre quatro paredes, "o debate é fundamental nesta situação". Juntamente com servidores municipais da área da saúde da área da saúde, foram discutidas as questões da mudança da carga horária, de 30h para 40h semanais, e a redução do horário de funcionamento dos postos de saúde das 11h30 às 13h30 e das 17h30 às 19h 30.
Com a Casa cheia, os problemas foram expostos pelos servidores. “A área da saúde está sobrecarregada e o Executivo não oferece suporte. Não vieram conversar para saber quais as necessidades da categoria”, explica Luiz Carlos Silva Oliveira, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (SISMUFI).
A diretora do Sindicato, Ilza Maria Dotto, conta que a luta pelas 30h acontece há mais de 10 anos. “Os servidores vem sofrendo assédio moral por lutar pelos nossos direitos. E todos sabem que estão colocando a população contra nós”, alega.
O Estatuto do Servidor vem sendo discutido com os vereadores desde segunda a noite e segue até 1º de março, numa série de reuniões com os servidores. A reclamação é que “as medidas que o prefeito vem fazendo é praticamente decreto e não consultaram ninguém para fazer o Estatuto”, aponta o servidor Gilberto Nunes.
Criação de Lei – Quando em greve, encerrada no dia 17, os Servidores Municipais lotaram o Plenário da Câmara com faixas de protesto e narizes de palhaço para pedir apoio aos vereadores. “Viemos aqui para pedir uma lei que regularize as 30 horas semanais para o departamento da saúde”, explicou Nídia Benitez, presidente do SISMUFI. Ainda segundo a presidente, com 40h semanais os intervalos para almoço são maiores, o que prejudica a própria população, já que há procura grande por atendimento nesse horário.
Reuniões – Na segunda-feira, 22, a Câmara de Vereadores abriu as portas para dar início a série de reuniões com os Servidores Municipais de Foz do Iguaçu para discutir o Estatuto do Servidor.
Para o primeiro encontro, foram convidados os Guardas Municipais e Vigias, que não esconderam insatisfação com a situação atual em que se encontram. “Os servidores nesta administração estão sendo deixados de lado. Nunca fomos tratados tão mal em 16 anos”, revela um dos guardas. Outro diz se sentir reprimido por ser afastado dos seus direitos.
Com o mesmo descontentamento, o vigia José Wilson fala “com a minha indignação. O Estatuto revolta o servidor, pois não traz benefícios. Nada de avanço”.
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