O Ministério da Saúde divulgou, oficialmente, nesta tarde, 13, que o resultado do 2º exame do paciente com suspeita de ebola deu negativo. O anúncio foi feito pelo Ministro, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, em coletiva de imprensa.
Por causa disso, o paciente receberá alta. "Não posso dizer quando ele será liberado, porque cabe aos médicos". As pessoas que tiveram contato com o paciente Souleymane Bah, também terão monitoramento suspensa.
Informação – Com a suspeita do caso, o Brasil abriu os olhos para a possibilidade da doença chegar ao país. "Nossa principal arma, é a informação. Precisamos minar de informações, as secretarias (municipais e estaduais) de saúde, bem como unidades privadas, secretaria de portos, defesa civil, agentes aeroportuários e de cruzeiros", afirma o ministro.
Em breve, os ministérios de saúde e de turismo irão divulgar uma nota conjunta com informações da doença.
Além de ser importante para saber como agir, dos meios de contágio e de riscos, "a informação seria de vital importância para evitar o preconceito". Em Cascavel, cidade onde foi registrado o caso de Bah, imigrantes estão sendo hostilizados. "Não podemos concordar com nenhuma forma de manifestação racista e discriminatória. Isso é inaceitável. Tomaremos todas as medidas necessárias para inibir esse tipo de postura".
O caso – Original de Guiné, um dos três países africanos que concentra o maior número de casos da doença, Souleymane Bah veio ao Brasil no dia 19 de setembro. Cerca de vinte dias depois, começou a apresentar febre e se dirigiu a uma Unidade de Pronto Atendimento em Cascavel. Por causa do sintoma e histórico, ele foi considerado caso suspeito.
O ebola se concentra nos países de Guiné, Serra Leoa e Libéria. Casos isolados já foram registrados na Nigéria, Senegal, Espanha e nos Estados Unidos. A Organização Mundial de Saúde disse que o controle total da doença deve levar cerca de seis meses.