Search
Previous slide
Next slide

Secretário de Saúde admite que faltam agentes para o trabalho de combate à dengue em Foz do Iguaçu

Previous slide
Next slide

As autoridades e moradores que participaram da audiência pública realizada na noite de segunda-feira (10) na Câmara Municipal, foram unânimes em afirmar que o controle da dengue depende do envolvimento da população eliminando os focos do mosquito aedes aegypti. O requerimento de autoria do vereador Carlos Budel (PSDB), propôs um debate sobre as políticas públicas de enfrentamento à doença. De janeiro deste ano até agora, foram notificados 6.834 casos de dengue em Foz do Iguaçu, sendo 2.832 confirmados, porém não houve registro de morte. Outra preocupação dos técnicos é com o nível de sorotipo circulando nessa época do ano, o chamado Den-4, que se manifesta de forma semelhante aos outros tipos de dengue, mas se a pessoa já tiver contraído a doença em outra fase, pode sofrer de dengue hemorrágica e até
morrer. Em todo o ano passado, foram notificados mais de 11 mil casos e 8.500 confirmados.

De acordo com o Centro de Controle de Zoonozes, a maior parte dos criadouros ainda é encontrada no quintal das casas. "Sem a conscientização dos moradores, é impossível vencer a batalha contra o mosquito. A mobilização da sociedade é a nossa maior arma, principalmente agora com a chegada do verão", enfatizou Sandro Galvão, Coordenador do Programa de Combate à Dengue. Outra proposta foi a inserção oficial e obrigatória do controle da dengue na grade curricular de todas as escolas. Os vereadores Edílio Dall’Agnol (PSB), Edson Narizão, (DEM), Nilton Bobato (PC do B), Sérgio Beltrame (PMDB) e Zé Carlos (PMN), também participaram do debate.

Falta de agentes no CCZ –  Um dos momentos de maior polêmica foi quando o secretário de saúde do município, admitiu que faltam agentes no CCZ para fazer o trabalho de prevenção nos bairros. "São 85 agentes de endemia na ativa, aqueles que vão de casa em casa aplicando o fumacê. O ideal seriam, no mínimo, 150 agentes", afirmou Alexandre Kraemer. O secretário atribuiu a culpa ao governo estadual que, segundo ele, repassa apenas 2% do orçamento para os municípios aplicarem em saúde. O restante vem da União e da prefeitura.

Este ano, os recursos disponíveis para o setor em Foz do Iguaçu giram em torno de 122 milhões de reais, 28% do orçamento municipal. Segundo Kraemer, no ano que vem, a proposta é aumentar este valor para 150 milhões, o equivalente a 34%. Durante a manifestação do público na tribuna, alguns agentes denunciaram o desvio de função de servidores dentro do CCZ, reduzindo o número de equipes nas ruas. O secretário de Saúde disse que o caso vai ser apurado e sugeriu que se o ministério público também fosse acionado nessas situações.
 

Previous slide
Next slide