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Retaliação brasileira gera desconforto nos EUA

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Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (8) estarem "desapontados" com a decisão do Brasil de aumentar as alíquotas do imposto de importação de produtos norte-americanos em retaliação a subsídios concedidos ao setor de algodão pelos EUA.

Em comunicado, a porta-voz do USTr (órgão responsável pelo comércio exterior nos EUA), Nefeterius McPherson, disse que "estamos desapontados em saber que as autoridades do Brasil decidiram prosseguir com medidas contra o comércio americano na disputa envolvendo o algodão na Organização Mundial do Comércio".
 
McPherson disse que seu órgão "trabalha para encontrar uma solução sem a necessidade de que o Brasil recorra a estas medidas". "Continuamos preferindo uma solução negociada", diz o comunicado.
 
O governo brasileiro publicou nesta segunda a lista de produtos com os quais pretende retaliar os Estados Unidos em até US$ 591 milhões. A lista traz produtos como cosméticos, eletrodomésticos e veículos.
 
O Brasil foi autorizado em dezembro de 2009 pela OMC a aplicar a retaliação contra os Estados Unidos, no valor de até US$ 830 milhões ao ano, em resposta aos subsídios norte-americanos ao algodão.
 
O aumento de tarifas para os produtos da lista começa em 30 dias, o que dá espaço para que haja negociação com os EUA nesse período. O secretário americano do Comércio, Gary Locke, fará visita a Brasília nesta terça-feira (9).
 
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