Já imaginou saborear uma deliciosa refeição no Restaurante Recanto dos Flamingos, ao som do canto dos pássaros da Mata Atlântica e com vista para o Lago dos Flamingos? Ou em meio à trilha do Parque das Aves descansar em um ambiente acolhedor enquanto bebe uma água de coco e come uma tapioca no Quiosque Tropicana? É nesse tipo de experiência que o Parque das Aves aposta para revelar ao visitante a cena gastronômica da Tríplice Fronteira.
O Restaurante Recanto dos Flamingos e o Quiosque Tropicana servem lanches e refeições há muitos anos para os visitantes do Parque das Aves, e desde novembro de 2018, quando o chef de cozinha Massimiliano Casu chegou, o trabalho ficou ainda mais focado em melhorar a experiência do visitante.
“Trabalhamos para oferecer refeições e lanches que combinem com as estações e épocas do ano, usando cada vez mais produtos locais e ingredientes nativos”, comenta Massimiliano.
Boa mesa
Valorizar a cultura local e a economia regional estão entre as filosofias da alta gastronomia. Por isso os pratos do Parque das Aves são feitos com alimentos fornecidos por produtores locais.
Quem conhece o Oeste do Paraná sabe que a agricultura da região é um dos fatores indutores para a sustentabilidade da economia regional. O chope, por exemplo, é feito artesanalmente por produtores de Foz e região.
“Priorizar os produtores locais nos garante alimentos mais frescos e saudáveis, fortalece a economia da região, gera menos lixo e desperdício e preserva os espaços rurais”, acrescenta Jurema Fernandes, diretora administrativa do Parque das Aves.
Resgate da cultura gastronômica
Ao se deliciar entre as diversas opções de saladas, hambúrgueres, comida típicas, ou porções, o visitante do Parque se envolve na cultura ligada à comida. Inventivo e com faro para novos sabores, Casu introduziu plantas alimentícias não convencionais (PANCs) ao cardápio, como ora-pro-nóbis, taioba, azedinha, entre outras ervas silvestres comestíveis ricas em nutrientes.
O chef conta que o Parque já tem uma pequena produção interna de PANCs e atualmente está testando sabores e introduzindo alguns ingredientes à culinária do atrativo.
“As PANCs sempre estiveram presentes na cozinha brasileira, mas não são consumidas com frequência porque muitos não têm conhecimento sobre elas. Quando aguçamos as sensações de uma pessoa, incorporamos novos hábitos e geramos consumo pela experiência adquirida”, diz o chef.
Diminuição da carne
Já faz algum tempo que o Parque das Aves está em processo de diminuir o uso da carne em seus pratos por conta do desmatamento provocado pela criação de gado. A intenção é de chegar a nenhum item com carne no cardápio, mas esse é um processo que exige a participação do público e uma conscientização sobre a importância de diminuir o consumo da carne.
“Grande parte do nosso cardápio ainda é composto por produtos com carne, mas já inserimos muitos produtos vegetarianos que têm tido a aprovação de nossos visitantes. Por exemplo, temos hambúrgueres de arroz negro, e outro de cogumelos, espaguete ao pomodoro e dadinhos de tapioca, além da nossa incrível coxinha de carne de jaca, que é campeã de vendas”, comenta Casu.
Sobre o Parque das Aves
Com 25 anos de atuação e 230 colaboradores, o Parque das Aves é a única instituição do mundo focada na conservação de aves da Mata Atlântica. Possui 16 hectares de mata restaurada, 1.400 aves de 140 espécies diferentes, com três viveiros de imersão e um borboletário. O objetivo do Parque das Aves é atuar investindo significativamente para criar um impacto positivo para as aves da Mata Atlântica, principalmente as 120 espécies e subespécies em risco de extinção. O Parque das Aves recebe 830 mil visitantes por ano, sendo o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas.