Se você já estava com dúvidas sobre qual seria a melhor moeda para efetuar suas compras em Ciudad Del Este ou ainda, se era mais vantajoso adquirir a moeda americana no Brasil ou no Paraguai, a SEPRELAD (Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro ou Patrimônio), que é o órgão do Governo do Paraguai responsável por regulamentar as normas, ações e procedimentos para prevenir e impedir a utilização do sistema financeiro e de outros setores da atividade econômica para a execução dos atos que visam a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, acabou de deixar sua escolha um pouco mais burocrática..
Além da dificuldade de utilizar notas de dólar antigas, já que a maioria das lojas e bancos passou a não aceitá-las.Na última semana, a Seprelad lançou uma nova medida estabelecendo regras e exigindo documentações para todos os que pretendam realizar operações de câmbio com valores acima de US $50 dentro do território paraguaio.
As regras variam de acordo com os valores de cada operação de câmbio e vão da obrigatoriedade de apresentação de Carteira de Identidade e número de celular ao preenchimento de um extenso formulário (caso o valor ultrapasse a quantia de US $800).
Clientes paraguaios ainda terão que justificar a origem dos valores, apresentando comprovante de rendimentos caso a operação seja maior que o equivalente a 3 salários mínimos.
Representantes da Associação de Casas de Câmbio do Paraguai vem alertando que a nova medida pode não apenas prejudicar o setor como também favorecer o mercado negro, operado por cambistas que diariamente atendem clientes nas principais ruas do microcentro de Ciudad Del Este, realizando operações sem que haja nenhum controle ou registro.
Lojas oferecem vantagens para turistas brasileiros
Desde a reabertura da fronteira com o Brasil, o pagamento usando a moeda brasileira tem se mostrado mais vantajoso para os turistas que visitam Ciudad Del Este.
Além de evitar os problemas de rejeição das notas mais antigas da moeda americana, muitas lojas vem promovendo promoções de “câmbio congelado”, modalidade onde a loja mantém a cotação da moeda americana abaixo da oficial para turistas e compradores que utilizam a moeda brasileira. Nos últimos dois meses, a variação cambial nestas lojas chegou a apresentar diferença de mais de RS $1,00 por dólar, em relação ao câmbio oficial.