O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o diretor superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Juan Carlos Sotuyo, comandaram uma inauguração tripla nesta quinta-feira (18), no próprio PTI, em Foz do Iguaçu (PR).
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Várias autoridades estiveram presentes na solenidade nesta quinta-feira (18) |
As solenidades marcaram a abertura oficial da Biblioteca Paulo Freire, que já nasce como a maior da região Oeste do Estado, com 45 mil títulos; de uma planta de produção de hidrogênio, a primeira do Paraná; e do espaço Milton Santos, no Edifício das Águas.
Na biblioteca, Samek e Ziliotto também participaram do lançamento da revista Direito à Sustentabilidade, publicação do curso de graduação em Direito da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste – campus Foz do Iguaçu). A revista é editada pelo diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da instituição, Júlio César Garcia.
Samek lembrou que as inaugurações ocorrem no fim de um ano importante para a binacional, quando a empresa comemorou os 40 anos de fundação. Também neste ano, o PTI completou a primeira década de existência.
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Na biblioteca, painel com esboço de obra do artista argentino Miguel Hachen decora o espaço |
“A cada ano esses espaços estão cada vez mais consolidados. Temos aqui, sem dúvida, as melhores instalações para quem quer estudar ou se aprofundar no conhecimento. E coisas novas estão acontecendo de forma constante”, disse Samek, destacando, entre outros projetos, a instalação na cidade da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Ainda segundo o diretor-geral brasileiro, a presença de Itaipu transformou a região, reconhecida mundialmente pelas Cataratas do Iguaçu, em polo de inovação. “A principal função de Itaipu é gerar energia. Mas, para produzir essa energia, foi necessário trazer inteligência do mundo inteiro para cá. Esse conhecimento está aqui, e é muito barato aproveitar o que você tem de melhor para produzir conhecimento.
Samek também destacou o papel de três engenheiros da binacional na formação do PTI, uma década atrás: Jorge Habib, o ex-superintendente de Engenharia Ricardo Pamplona (aposentado em 2007) e, especialmente, Juan Carlos Sotuyo.
“Hoje, quem visita o PTI, quando se depara com tudo isso que está sendo realizado, com tudo o que é feito, tem uma grande surpresa. E isso ocorre porque você faz muito, Sotuyo. Foi uma inspiração escolher você para ser o comandante dessa grande obra que é o PTI”, elogiou.
Juan Carlos Sotuyo lembrou que, em 2003, Itaipu ampliou sua missão empresarial, atendendo orientação do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva – desde então, além de gerar energia elétrica com qualidade, a empresa incorporou ações a responsabilidade social e ambiental, “impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”.
Foi a partir dessa orientação que surgiu o PTI. “Tínhamos aqui um poder represado. Não de água, mas de conhecimento e de capacidade para transformar esse território”, disse, citando os municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3) e dos Estados vizinhos do Paraguai e da Argentina.
“A questão central do PTI é gerar conhecimento, transformar pessoas e gerar oportunidades. Hoje circulam [no parque tecnológico] mais de 5 mil pessoas. Aqui nós temos um poder de transformação impressionante”, concluiu.