Em Foz do Iguaçu, a Escola Municipal Rosália de Amorim Silva iniciou 2017 sendo beneficiada por um projeto da Universidade Estadual do Oeste (Unioeste) que oferece testes para identificação de problemas visuais em crianças.
A iniciativa denominada ‘Detecção e Prevenção de Problemas Visuais’ é uma das mais de 100 propostas que têm sido financiadas desde o começo do ano por meio do programa Universidade Sem Fronteiras (USF), uma das maiores ações extensionistas do Brasil. Estas mais de 100 iniciativas são operacionalizadas diretamente pelas sete universidades estaduais do Paraná – Unioeste, UENP, Unespar, UEL, UEM, UEPG e Unicentro, com recursos obtidos por meio de edital da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, a Seti/PR.
A enfermeira Ivanete Sema do Nascimento, bolsista do projeto, conta que o objetivo nas escolas é a realização de avaliações com o maior número de alunos possível. “Só o colégio Rosália Silva teve uma média de 150 crianças atendidas neste ano, mas ainda não foram todas que participaram. É necessária a autorização dos pais para que elas possam realizar os testes”, completa a especialista.
O método utilizado é através da avaliação de acuidade visual conhecida como Tabela de Snellen, onde apenas números e a letra ‘E’ são usados com variação de rotação. “Foi muito bom fazer o exame. Se você não consegue ver as letras, significa que você tem que usar óculos”, explica o aluno da Segunda Série João Victor Thomaz.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Oscar Kenji Nihei (docente no Departamento de Enfermagem da Unioeste, no Campus Foz do Iguaçu), o trabalho não termina quando é encontrado um grau de dificuldade visual: o encaminhamento após a detecção é importante também. “Queremos auxiliar a maioria das crianças que não têm a oportunidade de ir em a oftalmologista. Por isso, buscamos facilitar esse acesso e, quando detectado algo, junto à diretoria da escola e à família da criança, direcionamos para a unidade de Saúde da comunidade”, comenta o professor.
Além disso, durante o ano, outro objetivo será multiplicar o serviço através da formação de professores da rede municipal. A ideia é que 20 a 30 professores participem de cada encontro de capacitação com parte teórica e prática para que, assim, possam aplicar os testes com seus alunos. “Muitas vezes, os pais não suspeitam que seus filhos possuem problemas visuais. Por isso, a escola é uma linha de frente importante para nos auxiliar e indicar qual criança pode estar passando por essa dificuldade”, finaliza Oscar.