Ao tomar conhecimento que a cineasta Kathryn Bigelow pretende rodar um filme nesta região abordando o tema do terrorismo na tríplice fronteira, o presidente da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Carlos Juliano Budel, mostrou-se totalmente indignado. Farto de ver somente focos contra a cidade e a região, Budel prega que já passou da hora de todos se unirem em defesa de uma das regiões mais importantes da América do Sul.
Sobre a suposta temática do filme, o presidente da Câmara se une às entidades que declaram não haver suficientes informações para se afirmar haver qualquer conexão de empresários, entidades ou pessoas de ascendência árabe da fronteira com o financiamento de grupos terroristas islâmicos.
Budel lembrou que recentemente o secretário do Comitê Interamericano Contra o Terrorismo da OEA, Steven Monblatt, disse, reiteradas vezes, inclusive numa visita pessoal a Foz do Iguaçu, que não há provas dessa vinculação.
Para ele, “basta de fazerem propaganda negativa de nossa região, denegrindo nossa fronteira. Por que não fazem filmes e documentários sobre a integração dos três países – Brasil, Argentina e Paraguai – ou sobre as Cataratas do Iguaçu, reconhecidamente o maior e mais lindo fenômeno da natureza sobre o planeta?”
Comunidade árabe – Budel afirmou que, conversando com vários membros da comunidade árabe desta fronteira, sentiu a indignação sobre o assunto, posto que numa visão distorcida quando se fala em terrorismo na região, logo surgem o preconceito e as falsas acusações contra a colônia.
“Estamos solidários com as preocupações e com a indignação da colônia árabe da tríplice fronteira, formada por pessoas que ao longo de décadas trabalham pelo desenvolvimento de Foz do Iguaçu e de toda esta região”, afirmou Budel.
