Em uma sessão extraordinária de julgamento realizada na manhã desta terça-feira (11) na Câmara Municipal, os vereadores decidiram, por 10 votos a 4, pelo arquivamento do processo que pedia a cassação do vereador Zé Carlos (PMN). Os votos foram secretos e, conforme consta na legislação, Zé Carlos não teve o direito de votar, por ser parte interessada no processo.
O parlamentar foi denunciado por supostos crimes de compra de votos, desvio de verba pública, abuso do poder econômico, prevaricação, falta de decoro parlamentar e formação de quadrilha. Os crimes estariam relacionados a dois financiamentos consignados no valor de R$ 38 mil, obtidos pelo ex-assessor Jair dos Santos, autor das denúncias.
Durante mais de 40 dias, a Comissão Processante formada pelos vereadores Nanci Rafain Andreola, Valdir de Souza (Maninho) e Rodrigo Cabral, esteve reunida para analisar o caso. Ao todo, sete testemunhas de acusação foram ouvidas pela CP, sendo que seis delas afirmaram que Zé Carlos não recebeu valores procedentes dos empréstimos.
“Durante estes 40 dias, só nos apresentaram provas verbais, nada materializado. Desta forma, o resultado não poderia ser outro, senão a absolvição do vereador”, explicou a presidente da CP, Nanci Rafain Andreola (PDT), sobre os motivos que levaram ao arquivamento do processo.
Ao final do julgamento, Zé Carlos comemorou e desabafou. Para ele, o fato de os membros da Comissão Processante serem de partidos políticos diferentes deu ainda mais credibilidade ao resultado final. “Eu fui fiscalizado pelos colegas que estão num campo político diferente do meu, nunca fiz lobby, sempre sustentei que se tivesse alguma vírgula de verdade no que esse cidadão Jair afirmou, eu declinaria do meu mandato. O relatório veio trazer a verdade à luz da sociedade”
O resultado do julgamento que culminou na absolvição de Zé Carlos será comunicado à Justiça Eleitoral.