De acordo com a matéria, a Polícia Federal considera o prefeito Reni Pereira (PSB) o chefe do esquema de licitações fraudulentas, desarticulado em Foz em abril e maio deste ano. A PF encontrou irregularidades em seis processos licitatórios, ligados às secretarias de Obras e de Saúde, que somaram um prejuízo de mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
Na primeira fase, em abril, o prefeito chegou a ter a prisão temporária pedida pela Polícia Federal, mas a Justiça negou. A PF solicitou também que o administrador fosse afastado do cargo e proibido de entrar na prefeitura para não atrapalhar a investigação.
No dia em que a Operação foi deflagrada, 19 de abril, o prefeito de Foz do Iguaçu apenas foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Na data, o mesmo disse em coletiva de imprensa, que teria cooperado com as investigações. Mas, posteriormente, a PF negou a informação e afirmou que Reni Pereira manteve-se calado por orientação dos advogados.
Segundo os investigadores do caso, há provas de que o prefeito utilizou sua influência política para neutralizar uma investigação da Câmara de Vereadores sobre os desvios da prefeitura. Em troca, os vereadores indicariam pessoas para ocupar cargos públicos.
Seis dos investigados permanecem presos em Foz do Iguaçu. Destes, três podem fechar um acordo de delação premiada. O ato pode reduzir a pena, caso sejam condenados.