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Pesquisa revela que Foz do Iguaçu está entre as cidades mais baratas para o viajante

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No momento de planejar uma viagem, muitos viajantes já sabem que os gastos com passagens aéreas e hospedagem podem impactar significativamente o orçamento. No entanto, uma nova descoberta está emergindo no cenário do turismo: o custo total de uma viagem vai além desses aspectos tradicionais.

Diversos fatores adicionais podem contribuir consideravelmente para os gastos, dependendo das circunstâncias individuais. Entre esses fatores, destacam-se a alimentação, o transporte local, as atividades e passeios, os souvenirs e os gastos extras. 

Por exemplo, os custos com alimentação podem variar consideravelmente dependendo do destino e do estilo de vida do viajante. Restaurantes localizados nas proximidades de atrações turísticas geralmente possuem preços mais elevados. Além disso, o transporte local, seja por meio de táxis, serviços privados, aluguel de carro ou até mesmo transporte público, pode representar uma parcela significativa do orçamento.

Além disso, participar de atividades turísticas, visitar pontos turísticos e fazer passeios também pode aumentar consideravelmente os gastos da viagem. Certas atrações podem ter ingressos caros, e é importante levar em consideração essas despesas adicionais ao planejar o orçamento. Não podemos esquecer dos populares souvenirs, que muitas vezes surpreendem os turistas com preços mais altos do que o esperado em cidades turísticas.

Existem ainda os custos extras que frequentemente passam despercebidos, como taxas locais, taxas de bagagem, taxas de câmbio, gorjetas, despesas de comunicação e despesas imprevistas. Esses pequenos valores podem se acumular e afetar significativamente o orçamento da viagem.

Custos Ocultos

Embora as passagens aéreas e a hospedagem sejam tradicionalmente responsáveis pela maior parte dos gastos de uma viagem, é essencial considerar todos esses fatores adicionais para obter uma estimativa mais precisa do custo total. Levando isso em consideração, muitos destinos que parecem ter preços atrativos para passagens aéreas e hospedagem podem se revelar muito mais caros ao final da viagem do que outros destinos com preços aparentemente menos vantajosos. Infelizmente, poucos destinos turísticos no Brasil fornecem informações online sobre esses itens, o que dificulta o planejamento antecipado.

Em Foz do Iguaçu, a empresa Loumar Turismo, desde 2017, mantém e administra grupos de WhatsApp com o objetivo de conectar viajantes a moradores locais, facilitando a troca de informações. Nos grupos, é possível receber dicas e feedbacks em tempo real, tanto de viajantes que estão na cidade quanto de viajantes que estiveram no destino e permaneceram nos grupos para compartilhar suas experiências. 

Além disso, é possível obter dicas de moradores locais, que possuem informações exclusivas. Detalhes como o valor de um “PF” (prato feito), por exemplo, não são encontrados nos sites de agências de turismo ou nos destinos turísticos em geral. As informações, quando disponíveis, costumam se limitar a estabelecimentos e serviços localizados nas rotas turísticas.

Perfil do Viajante

Com uma base de mais de 5 mil viajantes ativos em seus grupos de WhatsApp, provenientes de diferentes regiões do Brasil, a Loumar decidiu realizar uma pesquisa, enviando um formulário para os viajantes responderem voluntariamente algumas questões relacionadas ao “custo real” nas cidades que visitaram nos últimos 12 meses. Desde a escolha do meio de hospedagem até o preço de um simples café, os viajantes colaboraram informando os preços reais de itens comuns em qualquer destino turístico brasileiro.

Isso contribuiu para a criação do “IGP-V – Índice Geral de Preços ao Viajante”, um relatório baseado nas respostas de viajantes reais, elaborado para orientar outros turistas e viajantes sobre o custo real de uma viagem aos principais destinos do Brasil.

Vale ressaltar que a base dos grupos de WhatsApp da Loumar é composta por viajantes, e embora os termos “turista” e “viajante” sejam frequentemente usados como sinônimos, eles podem ter significados ligeiramente diferentes, dependendo do contexto. A diferença entre turista e viajante está relacionada à mentalidade e às motivações desses dois grupos distintos ao viajar e/ou retornar a um destino já visitado. 

“Um turista é alguém que visita um lugar por lazer, diversão ou descanso. Geralmente os turistas estão mais interessados em explorar atrações turísticas. Já um viajante é alguém que busca experiências mais autênticas e imersivas. Eles estão interessados em aprender sobre a cultura local e interagir com moradores para descobrir lugares menos conhecidos”, conta Kaka Souza, especialista em relacionamento com a comunidade.

*O resumo do relatório “IGP-V – Índice Geral de Preços ao Viajante” que estamos disponibilizando a seguir não reflete a preferência geral dos turistas, mas sim dos viajantes. Portanto, caso essa pesquisa fosse realizada com um grupo formado apenas de turistas, o relatório provavelmente apresentaria resultados diferentes.

Meios de Hospedagem

Contrariando as tendências reveladas pela maioria das pesquisas de preferência do turista brasileiro, o relatório do “IGP-V” revelou uma surpreendente inclinação dos entrevistados em relação ao meio de hospedagem, indo na direção oposta ao que se esperava, deixando alguns especialistas do setor surpresos.

Dentre os viajantes que consentiram em fornecer resposta à pergunta (vale ressaltar que os entrevistados tinham a possibilidade de não responder todas as questões), 30% indicaram ter escolhido hotéis de categoria “4 estrelas” em suas viagens mais recentes. Outros 28,6% revelaram ter optado por hotéis de categoria “3 estrelas”.

Tempo de Permanência

Quando se trata do questionamento sobre a duração da estadia no destino, os resultados não causaram espanto entre os especialistas. Foz do Iguaçu já experimenta essa realidade há alguns anos, diferenciando-se bastante de outros renomados destinos no Brasil.

Apesar de a pesquisa revelar que a maioria esmagadora dos viajantes (44,9%) relatou ter permanecido na cidade de destino por um período de 3 a 5 dias, é significativo notar que outros 40,6% indicaram ter estendido sua estadia entre 5 e 7 dias. Essa conquista representa uma vitória expressiva para o setor de turismo no Brasil, o qual tem batalhado há anos para elevar a média de permanência dos turistas nos destinos nacionais.

Quanto o Viajante gastou na Cidade

Conforme enfatizado no início desta matéria, tão relevante quanto o investimento em passagens aéreas e hospedagem é o custo associado à estadia no destino. Os viajantes foram indagados sobre suas estimativas de gastos exclusivamente com passeios, transporte, alimentação e experiências locais, e os resultados são extremamente favoráveis para a economia e a geração de emprego e renda nas cidades visitadas.

As cidades estão investindo pesado para oferecer experiências locais incríveis, e parece que os viajantes estão amando isso de verdade! A pesquisa revelou que uma parcela considerável de viajantes de 20,3% gastou mais de R$2 mil em passeios, transporte e ingressos nas cidades que visitaram. Outros 21,7% afirmaram ter desembolsado entre R$1,5 mil e R$2 mil nesses quesitos. Já a maioria dos entrevistados (26,1%) ficou na faixa de R$500 a R$1 mil na hora de aproveitar as localidades exploradas. É dinheiro bem investido para ter memórias inesquecíveis!

AFINAL DE CONTAS, ONDE O VIAJANTE ENCONTROU O MELHOR CUSTO BENEFÍCIO ENTRE JUNHO DE 2022 E JUNHO DE 2023?

Como já enfatizado anteriormente, o perfil do viajante se difere do perfil do turista tradicional brasileiro em muitas coisas, e a escolha dos destinos é uma delas.

Enquanto na lista das cidades mais procuradas por turistas brasileiros, mais de 50% das cidades são também capitais, na lista do viajante, as capitais são a grande minoria e cidades como Porto Seguro (BA), Areia branca (RN), Campos do Jordão (SP), Canela e Gramado (RS), Guapimirim e Paraty (RJ) e Rio Quente no estado de Goiás se juntam a Foz do Iguaçu (PR), criando um mapa de lugares onde a urbanização cede espaço para atrativos naturais e experiências culturais. 

Nesta lista de destinos, formada com cidades de todas as regiões de sul a norte do país, valores de itens como água, café, garrafa de água de 500ml e até o do ingresso do principal atrativo do local, apresentaram variações de mais de 500%. Neste resumo do relatório, apresentamos abaixo alguns exemplos:

Café

Quem resiste a um bom café, em um bom local próximo a bons atrativos, não é mesmo? Entre os viajantes que responderam a esta questão, conseguimos identificar um custo médio de R$5 pela xícara de café. Um valor aceitável para uma xícara de café, porém, em alguns destinos, esta mesma xícara chegou a custar até R$19 para o viajante. Os menores valores encontrados, foram nas cidades de Maragogi e Foz do Iguaçu, respectivamente. Nestas cidades, o viajante pagou R$2,50 pela xícara de café.

*Voltamos a lembrar que, os valores do resultado do relatório “IGP-V” não refletem a realidade do custo da cidade para seus moradores, mas sim, o custo da cidade para o viajante que a visitou. Vale lembrar também que, o viajante pode não ter tido acesso a todas as opções e a todos os preços, mesmo que em rotas turísticas. Trata-se de um relatório sobre “percepção” de custo, e não sobre realidade econômica.

Diária de Hospedagem

Mais do que apenas conforto, o viajante quer se sentir como se estivesse em sua própria casa. Por isso, muitos deles optaram por casas de temporada (Air BnB), Hostels e Pousadas. Por conta desta variedade de opções de meios de hospedagem, a variação do custo entre o meio de hospedagem mais barato e o mais caro também foi enorme. Entre os viajantes que responderam a esta questão, conseguimos identificar um custo médio de R$233 pela diária de hospedagem, um valor que é considerado justo pela maioria dos viajantes. Enquanto a diária mais cara custou R$1,5 mil ao viajante que se hospedou em um resort na região centro-oeste, os viajantes que se aventuraram por alguns hostels do litoral fluminense tiveram um custo de apenas R$40 pela diária em Arraial do Cabo (RJ).

Se eliminarmos do relatório os hostels, pousadas e casas de temporada (Air BnB), o domínio das diárias de hospedagem mais baratas fica com Recife (PE), onde o viajante teve um custo de R$100 pela diária. Foz do Iguaçu (PR) vem logo na sequência com diárias de R$120. 

*Vale lembrar que os valores informados acima não refletem o atual custo dos meios de hospedagem nos locais apontados. Estes foram valores informados sobre viagens feitas nos últimos 12 meses.

E na Hora da Fome?

Quando “ela” chega, não tem turista ou viajante que consiga escapar. O viajante pode até buscar boas alternativas que ofereçam uma boa experiência gastronômica, mas no geral, entre um atrativo e outro, o viajante busca mesmo é o bom e velho “prato feito”, uma opção que existe em todos os lugares do Brasil.

Entre os viajantes que responderam a esta questão, conseguimos identificar um custo médio de R$30 pelo famoso “PF”. Como o Brasil possui uma variedade gastronômica enorme, os ingredientes do “PF” também variam bastante entre uma região e outra, e isso fez com que a diferença entre o maior e o menor custo do “PF” ficasse surpreendente. Enquanto viajantes chegaram a pagar R$75 pelo prato feito na região norte do Brasil, na região nordeste, o prato feito teve um custo de (acreditem), apenas R$14 na cidade de Recife (PE). Em Foz do Iguaçu (PR), o prato feito custou R$17 para os viajantes.

Transporte Público e Atrativo Principal

Um destino turístico sempre reserva atrações imperdíveis, aquelas que se tornam o ponto alto da viagem, algo que não pode ser deixado de lado, assim como o icônico personagem “Mickey” nos parques da Disney.

No relatório do (IGP-V), os viajantes foram convidados a identificar qual era o equivalente ao atrativo “Mickey” nas cidades que visitaram, além de relatarem os custos relativos ao ingresso destes atrativos. Também foi solicitado aos viajantes que compartilhassem como se locomoveram na cidade, incluindo os custos relacionados ao transporte público local.

Surpreendentemente, o transporte público foi o item que apresentou a menor variação entre todos os itens investigados no relatório. Entre os viajantes que utilizaram esse meio de transporte, identificou-se um custo médio de R$5, um valor razoável e próximo da média esperada. A pesquisa revelou que o maior custo registrado para o transporte público foi de R$10, na região sul do Brasil, enquanto o valor mais baixo foi de R$4,20 em Curitiba (PR). Em Foz do Iguaçu (PR) e em várias outras cidades, a tarifa de ônibus variava entre R$5 e R$5,50.

Esses dados demonstram que, no que diz respeito ao transporte público, os valores praticados se mantêm dentro de uma faixa aceitável, facilitando o acesso dos viajantes aos principais atrativos turísticos. Além disso, destacam a importância de investimentos em infraestrutura e políticas de mobilidade urbana que garantam tarifas acessíveis e um sistema eficiente de transporte público, contribuindo assim para a satisfação dos visitantes e o desenvolvimento do turismo nessas localidades.

Agora, no quesito “Atrativo Principal” as variações do preço do ingresso foram bem maiores. Entendemos que muitos destes atrativos são únicos, seja por sua localização ou pela experiência que proporciona, por isso, chega a ser injusto fazer uma comparação entre eles, mas como estamos falando de custo de viagem…

Entre os viajantes que aceitaram responder esta questão, e visitaram os principais atrativos das cidades em que estavam, identificou-se um custo médio de R$80. Um custo médio aceitável, principalmente se levarmos em consideração que o atrativo que apresentou o maior custo, tirou do bolso dos viajantes de visitaram a região da Serra Gaúcha, o valor de R$390, enquanto, o menor custo de atrativo ficou para os viajantes que foram às cidades de Fortaleza (CE) e Campos do Jordão (SP) onde, pelo menos um dos atrativos principais custou apenas R$30 ao viajante. 

Em Foz do Iguaçu, o principal atrativo certamente são as Cataratas do Iguaçu, e o valor para visitá-la está dentro da média do relatório. Entre junho de 2022 e Junho de 2023 o valor do ingresso variou entre R$65 e R$80.

Agora Bateu a Sede…

Em casa a gente quase nunca se lembra de tomar, mas basta chegar próximo aos atrativos para bater aquela sede que só uma garrafinha de água mineral pode matar. A gente sabe que, nos mercados, o custo de uma garrafinha de 500ml é irrisório, mas nos atrativos, ele pode ser considerável. Por isso, o relatório perguntou aos viajantes quanto custou uma garrafinha de 500ml de água mineral dentro ou próximos dos atrativos da cidade que visitou. 

Entre os viajantes que aceitaram responder esta questão, e que consumiram pelo menos uma garrafinha de água em algum dos atrativos das cidades em que estavam, identificou-se um custo médio de R$4,50, um valor muito bom, principalmente se levarmos em consideração que, esses mesmos 500ml de água, durante o inverno em um destino turístico super conhecido pelas baixas temperaturas localizado na região sul do Brasil, custou ao bolso do viajante quase o dobro, foram R$8 pela garrafinha. 

O menor preço da garrafa de 500ml ficou com a cidade de Guapimirim (RJ) onde o viajante precisou de apenas R$1,50 para matar sua sede após uma bela caminhada pelo parque nacional. 

Em Foz do Iguaçu, o valor da garrafa de 500ml de água mineral variou entre junho de 2022 e junho de 2023 entre R$2 e R$5. 

Grau de Satisfação

Por fim, o relatório pediu aos viajantes uma opinião sincera (e totalmente anônima) sobre o grau de satisfação obtido durante sua estadia na cidade visitada. Neste quesito os viajantes podiam optar por “Pouco Satisfeito”, “Razoavelmente Satisfeito”,  “Satisfeito”, “Muito Satisfeito” e “Extremamente Satisfeito”.

Entre os viajantes que aceitaram compartilhar sua opinião, uma expressiva maioria (45,7%) revelou estar extremamente satisfeita com a experiência vivenciada, considerando que a cidade visitada proporcionou um excelente custo-benefício aos viajantes. Para 28,6% dos participantes, a cidade superou todas as expectativas, proporcionando uma experiência única e inesquecível. Já para 21,4% dos entrevistados, a cidade visitada correspondeu plenamente às expectativas.

Esses resultados revelam um alto grau de satisfação dos viajantes em relação aos destinos escolhidos, destacando a qualidade das experiências proporcionadas por essas cidades. A pesquisa evidencia que a maioria dos viajantes considerou que o investimento realizado em sua viagem foi recompensado pelas oportunidades e atrações oferecidas pelos destinos visitados. 

Planejamento e Pesquisa são Cruciais…

Os dados compartilhados no texto acima representam um resumo da pesquisa do “Índice Geral de Preços ao Viajante”, que evidencia, tanto para o viajante quanto para o turista, a importância de um planejamento criterioso na escolha do destino a ser visitado. Nesse sentido, é fundamental ir além das simples pesquisas de preços em sites especializados. Buscar informações autênticas fornecidas por empresas locais, que possam estabelecer uma conexão com os moradores locais, faz toda a diferença ao planejar de forma precisa a próxima viagem.

Realizar um planejamento minucioso, estabelecer um orçamento realista e pesquisar os custos locais são medidas cruciais para minimizar despesas e tornar a viagem mais acessível financeiramente. O viajante cauteloso está sempre atento a esses custos ocultos e se prepara adequadamente, evitando surpresas desagradáveis no aspecto financeiro e desfrutando de uma experiência turística extremamente satisfatória.

Pesquisa

Realizada entre os dias 27 e 29 de junho de 2023, essa pesquisa, que alcançou 71 participantes, obedeceu a uma metodologia quantitativa que consistiu na aplicação de questionários e posterior análise dos dados obtidos.

Foto aérea de Foz do Iguaçu: João Recke/Loumar

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