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Paraná reduz desmatamento em 19%, aponta levantamento da SOS Mata Atlântica

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Foto: Divulgação
 

O Paraná reduziu em 19% a taxa anual de desmatamento, de acordo com a pesquisa divulgada na quarta-feira (26) pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados fazem parte do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica para o período de 2008 – 2010 e mostram que o Paraná reduziu de 3.326 hectares o desmatamento (no período de 2005 a 2008), para 2.699 hectares no período de 2008 – 2010.

O presidente da Organização Não-Governamental (Ong) – Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse que o Paraná vem reduzindo os seus índices, especialmente devido às grandes operações de fiscalização. Esta é segunda vez que o Paraná apresenta redução nos índices de desmatamento. Em 2008 a redução foi de 41%, se comparada aos anos anteriores. O Paraná possui 20.044.406 hectares e 10,52% de remanescentes florestais do Bioma Mata Atlântica, segundo a pesquisa.

“O Paraná vem se adaptando rapidamente à Lei da Mata Atlântica e tem promovido grandes operações para coibir o corte, principalmente da Araucária na região Centro Sul, onde estão os maiores remanescentes da floresta”, declarou Mantovani. Para ele, ainda há muito a se fazer mas o avanço existe e está sendo mostrado na pesquisa.

Dados da Diretoria de Controle de Recursos Ambientais (Diran) mostram que o número de áreas com cortes autorizados – de acordo com o Código Florestal – caiu em 8.287,72 hectares entre os anos de 2008 e 2010 no Paraná.

Curitiba e RMC – Apesar de ter reduzido os seus índices anuais de desmatamento, o Paraná ainda aparece entre os mais críticos com um desflorestamento de 2.689 hectares. Os maiores índices de desmatamento no Paraná, segundo o novo levantamento da SOS Mata Atlântica, foram detectados em Curitiba e Região Metropolitana (RMC).

Para Mantovani, a causa deste aumento se deve à expansão descontrolada da Capital e a especulação imobiliária. “A expansão é visível e Curitiba perdeu o controle sobre isso. É preciso que haja responsabilidade compartilhada e que o setor imobiliário seja cobrado”, ressaltou.

Ações – O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, mencionou as ações desenvolvidas para garantir a recuperação de remanescentes florestais, ampliação da fiscalização, proteção dos recursos hídricos e educação ambiental. “Todas elas extremamente importantes para reduzirmos os crimes ambientais sobre os nossos remanescentes florestais”, enfatiza.

Fundação SOS Mata Atlântica – Desde sua quinta edição, de 2005-2008, o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica considera a apropriação dos limites do Bioma Mata Atlântica tendo como base o Mapa da Área da Aplicação da Lei nº 11.428 de 2006.

A Mata Atlântica está distribuída ao longo da costa atlântica do país, atingindo áreas da Argentina e do Paraguai nas regiões sudeste e sul é um conjunto de ecossistemas de grande importância para a diversidade biológica do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente no meio científico. Lamentavelmente, é também um dos biomas mais ameaçados do mundo devido às constantes agressões ou ameaças de destruição dos habitats nas suas variadas tipologias e ecossistemas associados.

A Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização não-governamental privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins lucrativos. Criada em 1986 por cientistas, empresários, jornalistas e ambientalistas, foi uma das primeiras ONGs destinadas a proteger os últimos remanescentes de Mata Atlântica no País. Conheça mais sobre a SOS Mata Atlântica em www.sosma.org.br

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