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Paraná e Paraguai definem parceria

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José Gomercindo / SECS
Reunião (esq. p/ dir): José Luzo Fernandes (CREA-PR), Eladio Soria (Fundação Fronteira Seca), Lia Eugênia, Hector Galeano, Paulo Scheidemantel, Ricardo Nogueira (Sulconsult, Consultoria e Engenharia), Gilson Amancio (IBEPOTEQ) e Santiago Gallo (Codesul)

O secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Gallo, se reuniu nesta quinta-feira (2), em Curitiba, com representantes do departamento de Canindeyú, no Paraguai, e empresários brasileiros para discutir projetos de desenvolvimento da cidade paraguaia Nova Esperança. Os projetos serão desenvolvidos nas áreas de agricultura, saneamento básico, meio ambiente, indústria e comércio.

As ações dão continuidade ao protocolo de intenções assinado entre o governador Roberto Requião e a governadora do departamento de Canindeyú, Cristina Villalba de Abente, em dezembro do ano passado. “O objetivo é desenvolver projetos que melhorem a qualidade de vida da população daquela região”, disse Santiago.

Para a realização dos projetos, além do investimento das empresas, os empreendimentos contarão com recursos do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). “O Fundo destina U$ 48 milhões para o Paraguai. São quatro subprogramas, e um deles trata da região transfronteiriça”, afirmou Santiago.

O prefeito de Nova Esperança, Ricardo Aguayo Fernandez, destacou que o município possui território extenso, 126 mil hectares, mas a população é pequena, 17 mil habitantes. Além disso, a região produz 1,2 milhão de quilos de grãos por safra. Portanto, disse o prefeito, há grandes possibilidades para o desenvolvimento da agricultura. Sendo assim, está em discussão a instalação de empresas binacionais na região.

Entre as vantagens para as empresas Ricardo destacou “segurança jurídica, a possibilidade de isenção de impostos municipais por cinco anos, os benefícios aduaneiros, além de energia barata e segura e as melhores terras para produção”. “Queremos ser um município de alta produtividade agrícola. Não queremos mais vender a matéria-prima, mas o produto elaborado, possibilitando também gerar empregos”, frisou o prefeito.

Ricardo disse ainda que o município precisa de mais técnicos e tecnologia. “Temos muito o que aprender em matéria de tecnologia e capacitação de técnicos, em diversas áreas. Os agricultores paranaenses aprendem a desenvolver a agricultura, a tecnologia. Precisamos disso no Paraguai, para deixarmos de ser um país de terceiro mundo”, afirmou.

Para o cônsul do Paraguai em Curitiba, Hector Jimenez, o agronegócio se destaca no Paraná e a ideia é desenvolver este setor também na região de Canindeyú. “Precisamos agregar valor à produção, com industrialização da nossa matéria-prima e capacitação de mão-de-obra”, disse. Ele destacou que a população do departamento paraguaio é composta por 60% de imigrantes brasileiros – paranaenses, em sua maioria. Para o cônsul, eles foram os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da região.

SANEAMENTO – A implantação de um sistema de esgotamento sanitário na região de fronteira também está sendo avaliada pelos empresários e representantes do Paraná e de Canindeyú. “O Paraná faz fronteira com Argentina e Paraguai e, nestes países, não há sistema de esgoto. Portanto, não adianta o Brasil ter um perfeito sistema de esgotamento sanitário e de meio ambiente, que os rios serão poluídos. Por isso está sendo planejada a implantação de rede de esgoto na região”, disse Santiago.
 

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