O nível normal é de 140miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dl) para pacientes que se alimentaram antes do teste (para quem faz jejum de 12 horas, o nível máximo é de 110mg/dl). O exame do autônomo Florêncio Gomes, de 62 anos, apontou índice de 220mg/dl. “Eu nunca tinha feito esse exame e não sabia que estava com essa taxa tão alta, fiquei preocupado”, disse. Ele foi orientado a procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais perto de sua casa para agendar uma consulta, confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O casal Máximo Servin e Celina Moreira trata a doença há um ano. Os dois tomam medicações, mas no teste feito hojeno CEM os resultados foram preocupantes. “Nos últimos dias tenho sentido a visão turva”, revelou Servin. Eles também receberam recomendação paracuidar da alimentação e agendar uma nova consulta. “É importante verificar as taxas com frequência, para acompanhar a estabilização ou evolução da doença”, explicou a presidente da ADIFI, Teresinha Pinezzi.
A cegueira é uma das consequências da doença, que pode provocar ainda enfarto do miocárdio, derrame cerebral, gangrena e amputação dos membros, doença renal, hipertensão e impotência sexual masculina.Em quase todos os casos em que foram detectadas alterações, os pacientes estavam acima do peso. A obesidade é um dos fatores que precipitam o aparecimento da diabetes. Estão no grupo de risco também pessoas com mais de 45 anos, sedentários, hipertensos e quem tem histórico de diabetes na família.
A prevenção e controle da doença são feitos com atividades físicas e alimentação saudável. Para estimular os pacientes que fizeram o teste, a Fundação Municipal de Saúde ofereceu uma mesa com frutas frescas. “O foco do setor público deve ser o bem estar do usuário, levando um serviço ao paciente que utiliza e depende do Sistema Único de Saúde, e tivemos a oportunidade de trabalhar com a ADIFI, uma associação que ajuda os diabéticos a alcançar essa qualidade de vida”, disse a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Patrícia Foster Ruiz. “Foi muito importante estar presente aqui noCEM, levar informações para quem necessita e poder orientar essas pessoas a cuidar da própria saúde”, parabenizou Teresinha Pinezzi.
PANDEMIA – A diabetes, caracterizada pelo aumento ou excesso de glicose (açúcar) no sangue, já é considerada pandemia no planeta. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que em 35 anos o índice de diabéticos quadruplicou, saltando de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. Atualmente, 8,5% da população mundial adulta convive com a doença. O problema atinge mais as mulheres (8,8%) do que os homens (7,4%).No Brasil, estima-se que 16 milhões de pessoas são diabéticas.