A moção de repúdio contra o local da construção da segunda ponte entre o Brasil (Foz do Iguaçu) e o Paraguai (Presidente Franco) chega cercada por resistências, conforme as reportagens apuradas pelo Folha de Notícias. De um lado empresários e comunidade se posicionam contra o local alegando que a obra coloca em risco o potencial turístico e o meio ambiente. De outra parte, o chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) Irineu Rodrigues Ribeiro, foi categórico em defender o local original (licitado e liberado pelo governo Federal). Ribeiro baseia sua defesa na Resolução Conjunta Nº. 01/2006 – SEMA/IAP/SUDERHSA, na qual aponta que o local que o Movimento Águas Grandes sugere (região Norte, Porto Belo) é incompatível com uma edificação. "O impacto ambiental será muito maior no Porto Belo, devido ao aterro sanitário e o canal da piracema (Itaipu), além das condicionantes do acordo bilateral que proíbe edificação nas proximidades da Usina", afirma Ribeiro. "Não haverá possibilidade alguma de transferência do local da edificação da 2ª ponte", finaliza.
Marco das três fronteiras: Comunidade pede preservação |
O chefe do escritório regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), engenheiro Vicente Veríssimo Júnior, diz que é “quase impossível que o projeto pare”. Ele defende que a região do Marco das Três Fronteiras foi escolhida porque, além da ponte, está prevista a construção da Perimetral Leste, via que pretende desviar o tráfego pesado da cidade. O engenheiro também derruba a possibilidade de que a obra causaria danos ambientais ou turísticos, segundo estudos levantados pelo órgão.