Devido ao aumento expressivo do número de casos autóctones de dengue, passando de 806 em fevereiro para 4.492 em março, a Secretaria da Saúde está intensificando o alerta a população para que continue atenta aos criadouros do mosquito nas residências. O Paraná ainda não está em situação de epidemia como é observado em outros Estados, porém em 17 municípios o quadro é bastante preocupante.
Ao todo, foram 4.797 casos confirmados, sendo 4.492 casos autóctones (casos cuja infecção ocorreu no Paraná), e 305 casos importados. Das 22 Regionais de Saúde do Paraná, 13 (59,09%) apresentam casos autóctones. O maior registro de casos da doença ocorreu na região de Foz do Iguaçu (1.712 casos autóctones), seguida pela região de Maringá (1.131 casos autóctones).
Casos hospitalar – A secretaria da Saúde de Foz do Iguaçu, por meio do departamento de Epidemiologia, confirma que o número de entradas para internamento por causa da dengue é grande. Somente desde janeiro até sexta-feira (02) foram 80 leitos ocupados com pessoas com sintomas fortes da doença.
Do total, três pessoas apresentavam sinais de dengue hemorrágica – considerada a mais forte, porém já passam bem, estão em casa e continuam com a medicação. A Epidemiologia revelou que do montante que foi hospitalizado alguns vieram a óbito, porém por outro tipo de complicação e na a dengue.
Estado – Dos 399 municípios do Paraná, 102 apresentam casos autóctones, sendo que o município de Paranacity, próximo a Maringá, apresenta a maior incidência do Estado com 2.592,94 casos para cada 100.000 habitantes, seguido de Medianeira, na região de Foz do Iguaçu, com 1.920,02 casos para cada 100.000 habitantes.
Do total de casos confirmados, foram registrados 12 casos graves, sendo quatro casos de dengue com complicação (DCC) e oito casos de febre hemorrágica da dengue (FHD). Uma pessoa morreu.
Ação – “Medidas preventivas estão sendo tomadas, como a visita periódica dos agentes de endemia e a aplicação do “fumacê”, mas é preciso que a população continue contribuindo para a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. Só assim é possível conter o avanço nos números de casos da doença”, afirma o superintendente de Vigilância em Saúde, José Lúcio dos Santos.
Fumacê – No mês de março 31 municípios paranaenses utilizaram-se do “fumacê”, equipamento que fica na parte traseira de uma caminhonete e emite partículas mínimas de veneno que não prejudicam a saúde da população. “O fumacê serve apenas para matar uma parcela dos mosquitos que estão voando. A aplicação não mata os mosquitos que estão protegidos nas residências e nem os ovos do mosquito que podem eclodir após um período maior que um ano”, explica o técnico do Programa Estadual de Controle da Dengue, Ronaldo Trevisan.