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Movimento Quilombo Livre promove 5º Prêmio Orgulho Negro

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No último dia 27, o movimento Quilombo Livre, de Foz do Iguaçu, promoveu a quinta edição do prêmio Orgulho Negro. Realizado no hotel Rafain Centro, o evento busca homenagear não apenas pessoas de pele negra, mas todos que trabalham para manter a cultura afro-descendente viva no Brasil.

Foto: Marcos Labanca
Prêmio foi realizado no último dia 27, no Rafain Centro. Nesses cinco anos, mais de 50 pessoas já foram homenageadas

"Já entregamos esse prêmio a pessoas caucasianas, brancas, loiras, enfim, que dão aula de capoeira, por exemplo. O que queremos é não permitir que a nossa cultura seja esquecida", comenta o presidente do movimento, Robson Douglas da Conceição.

 
Uma meta do movimento é resgatar a história negra da região e do Brasil. Para isso, eles criaram um livro com todas as comunidades quilombeiras no país. Uma delas foi descoberta recentemente e fica em São Miguel do Iguaçu, a apenas 40 quilômetros de Foz do Iguaçu, o Quilombo de Apepu. 

"Para o prêmio, nós recebemos indicações da comunidade. E o Quilombo de Apepu foi indicação de uma aluna da Unila, a Janaína. Ela enriquceu muito o nosso livro que agora irá percorrer as comunidades negras do Brasil", complementou.

Foto: Letícia Lichacovski
Robson da Conceição, presidente do movimento Quilombo Livre, mostra o livre lançado juntamente com o 5º Prêmio do Orgulho Negro

 

O Quilombo Livre busca valorizar as comunidades negras e quilombeiras de Foz do Iguaçu e região, além de travar uma luta forte contra o racismo.
 
"Acreditamos que o racismo não é só aquele que parte do branco para o negro, mas também quando o próprio negro não quer assumir a identidade da sua cor. E é muito fácil taxar o branco. Se você chama alguém caucasiano de ‘branco’, é racismo. A comunidade negra de Foz ainda não se movimento muito e temos que cuidar para não se movimentar errado, para não gerar discriminação".
 
O grupo defende, ainda, a eliminação de cotas e datas comemorativas. "Cotas são uma espécie apartheid moderno. E também não somos a favor do dia da Consicência Negra. É esquisito. Vão lembrar de mim só nesse dia e no resto do ano vão me guardar numa caixa? Prefiro que falem comigo todos os dias. Isso é respeito", explica.
 
O Quilombo Livre está aberto para discussões, debates e conversas sobre a cultura negra, preconceito e racismo. Para entrar em contato ou saber mais, visite a página no Facebook ou mande um e-mail
 
 
 

 

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