Percorrer as quatro novas exposições do Ecomuseu é transitar pela história da Itaipu Binacional, interligada com a própria história de Foz do Iguaçu e da região onde a usina está instalada.
A inauguração das mostras, em comemoração aos 45 anos da usina, na noite dessa quinta-feira (9) contou com a participação dos diretores brasileiros da empresa e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
Equipamentos que monitoram a segurança da barragem da hidrelétrica, releituras de artistas renomados ambientadas no cenário da usina, fotos do cotidiano da Tríplice Fronteira e pinturas das vilas criadas para abrigar os trabalhadores da Itaipu compõem as quatro exposições, abertas ao público a partir desta sexta-feira, 10.
Em discurso na inauguração, após conhecer as mostras, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, se disse emocionado e destacou que, ao percorrer os ambientes do Ecomuseu, pôde sentir o envolvimento afetivo e o carinho com que é tratada a história da binacional. “É fácil entrar em um ambiente desses e perceber que a Itaipu tem alma”, afirmou.
Em menos de quatro meses à frente da direção da hidrelétrica, Silva e Luna ressaltou que, aos recordes que a usina costuma bater, como o da produção de energia, pode ser adicionado o “recorde de surpreender positivamente todos os dias”, a exemplo da realização das novas exposições.
Exposições
A exibição “Paraná às Margens”, do arquiteto da Itaipu Henrique Gazzola e do professor da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila) Marcelo Marinho, reúne 27 fotografias impressas sobre tecido e traz conexões entre o cotidiano dos moradores da região que une Brasil, Paraguai e Argentina.
Gazzola reforça que as fotos buscam dar visibilidade ao “processo de costura” da integração da binacional, não somente com o Paraguai, mas com a região, o desenvolvimento e as pessoas que aqui residem.
A exposição “Itaipu Binacional: Segurança de Barragens” mostra como a segurança da barragem da usina foi pensada, com estudos desde a formação geológica do Rio Paraná, análises para a construção da hidrelétrica no local escolhido e o monitoramento constante realizado pelos técnicos.
Instrumentos utilizados para esse acompanhamento são exibidos no espaço, que apresenta ainda os trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Estudos Avançados de Segurança de Barragens (Ceasb) do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Por meio um sistema de realidade virtual, a mostra traz ao visitante a experiência de conhecer a Itaipu por dentro.
Filha de ex-barrageiro, Lu Mizkatze é responsável pela exposição “Eletric Co. Heart”. Nascida em uma das vilas construídas para abrigar os trabalhadores da usina, ela conta que cresceu andando de bicicleta por esses espaços, inspiração para a sua arte.
A artista uniu diferentes técnicas como desenho digital, optical art e fotografia para mostrar de forma “romântica e moderna” a história da hidrelétrica.
Já na mostra “Arte e Comunidade: Um Olhar Sobre Itaipu”, alunos do Colégio Estadual Flávio Warken, da Vila C, que no início abrigou os trabalhadores que participaram das obras na hidrelétrica, trouxeram obras de artistas renomados, como Vincent Van Gogh, para dentro do cenário da usina, utilizando tintas fluorescentes que fazem alusão à energia de Itaipu.
A professora Celia Ferreira Honório comentou que 300 alunos foram envolvidos em 20 dias de trabalho, e que a motivação e o entusiasmo deles foram tanto que fizeram questão de estender o trabalho em sala de aula para o contraturno no período da noite. “Estamos muito felizes e ansiosos por um novo projeto”, disse.
Participaram da inauguração das exposições do Ecomuseu o diretor de coordenação da Itaipu, Newton Luiz Kaminski, o diretor técnico, Mauro Corbellini, o diretor jurídico, Cezar Eduardo Ziliotto, o diretor administrativo, João Pereira dos Santos, o diretor financeiro, Anatalício Risden Júnior, o diretor superintendente interino e diretor administrativo-financeiro do PTI, Flaviano da Costa Masnik, e o diretor técnico do PTI, Rafael José Deitos.
Serviço
Exposições Itaipu Binacional: Segurança de Barragens; Eletrik CO. Heart; Paraná às Margens; Arte e Comunidade: um olhar sobre Itaipu
Local: Ecomuseu de Itaipu (Avenida Tancredo Neves, 6001, Foz do Iguaçu-PR)
Vigência: até novembro de 2019.
Horário de visitação: terça a domingo, das 9h às 18h
Ingressos: R$ 18 e R$ 9 (meia entrada)
Informações: ecomuseu@itaipu.gov.br | (45) 3520-5816