Os novos contratos de concessões do uso dos terminais turísticos Santa Terezinha de Itaipu e Entre Rios do Oeste, localizados às margens do reservatório da usina de Itaipu, vão permitir que as prefeituras locais não só continuem a fazer a gestão dos balneários, mas também a exploração comercial desses espaços, como, por exemplo, bares, restaurantes e eventos de pesca esportiva, entre outros serviços e atividades relacionadas ao negócio.
Os demais municípios com essas áreas de lazer também serão beneficiados com a inclusão da mesma cláusula. A atividade pesqueira turística receberá apoio na melhoria da infraestrutura. A medida tem como objetivo oferecer melhores condições para a prática de esporte náuticos, incluindo a pesca esportiva. Nas altas temporadas, as prainhas costumam receber um bom fluxo de visitantes, especialmente da região e dos países vizinhos, como Paraguai e Argentina.
A novidade vai garantir maior fomento ao turismo da região da Costa Oeste. O anúncio foi feito na última sexta-feira, 28, no Ecomuseu, pela diretoria da binacional durante a 3ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu. Foi o primeiro encontro entre o conselho e a atual diretoria de Itaipu. Participaram da reunião o diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Leone Vianna, o diretor de Coordenação, Helio Amaral, o diretor financeiro executivo, Marcos Stamm, e o diretor administrativo, Marcos Baumgärtner, prefeitos, vereadores e presidentes de associações comerciais.
O encontro também serviu para reforçar e dar início a novas parcerias que venham a fortalecer a economia da região. O desenvolvimento regional faz parte da missão ampliada de Itaipu. Diversos outros assuntos de interesses locais, com impacto para o turismo e a qualidade de vida da população lindeira estiveram em pauta. O repovoamento de peixes no Lago de Itaipu, que hoje recebe 24 eventos anuais de pesca esportiva, foi um dos principais assuntos tratados.
A ideia é melhora a atividade pesqueira e o turismo de pesca nesta área, com o aumento da quantidade de peixes, a implementação de programas geradores de renda aos pescadores e a profissionalização do cultivo do pescado. A Itaipu vai ajudar a fomentar o negócio com ações e iniciativas de apoio à reivindicação.
Para a presidente do Conselho, Cleci Rambo Loffi, é preciso fazer da pesca esportiva uma modalidade ainda mais próxima da vida de quem depende dessa renda, pois “assim as pessoas deixam de sair [da região], fomentando o turismo”. A Itaipu sinalizou apoio total à ação. A binacional ainda quer oferecer melhores condições de sustentabilidade e reestruturação das áreas públicas de lazer, dando apoio à autossuficiência de energia, eficiência energética, saneamento básico, urbanismo e paisagismo e edificações pequenas próximas ao reservatório, como píer e churrasqueiras, entre outros.
Em busca de melhorar segurança e, consequentemente, aumentar a procura da população pelos terminais, está sendo feita uma revisão do zoneamento e da faixa de proteção do reservatório. O novo contrato traz uma concessão de dez anos pelo município, podendo ser prorrogada pelo mesmo período.
Energias renováveis foi outro assunto que também entrou em pauta. O Conselho se mostrou aberto para uma parceria com a binacional na implementação de um plano de trabalho para desenvolver técnicas diferenciadas de energia, com benefícios para o município e seus moradores. A ideia é atrair novos investimentos para a região.
Parceria de sucesso
O trabalho conjunto entre Itaipu e lindeiros deve ser mantido, segundo o diretor administrativo, Marcos Baumgärtner. “Faremos nosso trabalho em cima dos projetos já existentes; não há porque acabar com eles, muito pelo contrário, a ideia é dar continuidade, melhorando no sentido que a gente perceba que é uma nova gestão e um novo enfoque, mas nenhum será extinto.”
A garantia e ampliação do trabalho já realizado vieram também por parte do diretor de Coordenação, Hélio Amaral, que propôs um trabalho com os municípios baseados em cinco pontos: cultural, ambiental, social, econômico e político-espacial.
Para Cleci, é um orgulho para os municípios margear Itaipu, que é exemplo para o mundo. “Com a nova gestão, é um ciclo novo que se começa. Devemos juntar os trabalhos e mostrar esse potencial.”
Outros temas
O Programa Cidades Sustentáveis, que oferece ferramentas para o acompanhamento do desenvolvimento econômico e sustentável dos municípios, também foi apresentado aos participantes. A intenção é que todos possam utilizá-lo a fim de disseminar, ainda mais, as boas práticas, muitas delas implantadas pela Itaipu.
O Programa Encontros e Caminhos Cultivando Água Boa está passando por uma reestruturação nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 e a intenção é que, em setembro, ele seja relançado em todos as cidades, ao mesmo tempo, propiciando a elas, a partir de então, desenvolver e demonstrar as ações na área do meio ambiente.