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Lei obriga bibliotecas e livrarias exporem obras de escritores locais

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Foto: Divulgação
Livros de escrotores de Foz do Iguaçu e do Paraná deverão ser expostos em prateleiras com destaque

Segundo o Projeto de Lei, as livrarias deverão dar destaque à literatura local e utilizar estantes específicas para enfatizar as obras da seguinte forma “Autores de Foz do Iguaçu/ Autores do Paraná”. A proposta é do vereador Nilton Bobato (PcdoB), a ideia surgiu depois de ele ter conhecido o incentivo à leitura existente no município de Canoas (RS), onde a lei já entrou em vigor. “A iniciativa proposta pelo legislativo local teve grande repercussão entre os escritores e a comunidade, além de ter despertado novas medidas legislativas de incentivo à leitura e às políticas de cultura na cidade”, afirmou Bobato. A partir da sanção do Executivo, as livrarias terão um prazo de 90 dias para se adequarem à lei.

Os escritores iguaçuenses apoiam o projeto. Jeane Hannauer, autora de três livros publicados, acredita que esta iniciativa deveria ter sido tomada pelas livrarias e bibliotecas sem precisar de obrigatoriedade através da lei. “Esta iniciativa é fundamental para a divulgação do trabalho dos escritores locais, isso já deveria ter sido feito. Na verdade as livrarias deveria ter feito isso por conta própria, mas já que não fizeram, fico feliz que tenha tomado este caminho do legislativo”, diz.

Ao entrar em livrarias na cidade percebe-se várias mesas com livros específicos, dificilmente uma delas é de escritores locais, normalmente eles estão discretamente guardaes em prateleiras. “As obras de escritores locais acabam prejudicadas neste universo dominado pelas grandes editoras, em que as prateleiras acabam dominadas por best-sellers. Por isso, a necessidade de institucionalizar políticas de incentivo à literatura local nos municípios, para tentar subverter a lógica essencialmente comercial das livrarias”, elucidou o vereador. Bobato acredito a que o incentivo à leitura é um processo natural para a democratização e acesso ao livro, pois quebra-se o paradigma da lógica que privilegia o circuito comercial do livro.  

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