Até quando o assunto é economizar recursos federais, a margem brasileira de Itaipu virou referência nacional. O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, comparou nesta sexta-feira (18), a usina de Itaipu à barragem de rejeitos em Brumadinho (MG), que se rompeu com enormes prejuízos e perdas de vidas.
“Quem quiser gastar, vem fazer um furozinho no meu teto. Digo a outros ministros: os senhores podem me transformar em uma Itaipu, gerar energia para todo mundo, ou podem me transformar numa Brumadinho. Eu sou uma represa que quer gerar energia”, declarou. Em pelo menos cinco de duas tradicionais lives semanais o próprio presidente Jair Bolsonaro fez elogios à gestão Silva e Luna, reforçados pessoalmente nas seis visitas dele ao Paraná no exercício do mandato.
A declaração do ministro Paulo Guedes, uma deferência à qualidade da segurança de barragem e à geração de energia, ocorreu um dia depois da divulgação de uma pesquisa de aprovação da margem brasileira da usina na região Oeste do Paraná.
Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a declaração do ministro Paulo Guedes é uma chancela à gestão que vem sendo entendida e aceita pela população do seu entorno. “Ser referência tem um custo: o trabalho incansável de todos nós. Não há como não sentir orgulho e não há como deixar de sentir o peso da nossa responsabilidade. Graças a um time comprometido continuaremos buscando a excelência das nossas entregas”.
De acordo com a Radar Inteligência, a atuação da empresa que, no ano passado, já havia sido bastante positiva e aprovada por 91,4% dos moradores da região Oeste do Paraná, obteve 94,4% de aceitação. Já quando a pergunta é sobre o nível de importância que a empresa representa para o desenvolvimento regional, esse índice chega a 97%.
Foi a melhor avaliação dada pelos moradores da região à atuação da empresa, em oito anos que o mesmo tipo de levantamento é feito.
A mesma pesquisa verificou que a maior parte da população sabe e aprova a reestruturação da administração da empresa, que redirecionou recursos para obras estruturantes, uma das marcas da gestão do general Joaquim Silva e Luna, no comando da Itaipu desde 26 de fevereiro, quando tomou posse no cargo de diretor-geral brasileiro.
Fazem parte dessas obras a Ponte da Integração Brasil – Paraguai, com quase metade da construção concluída, melhorias no Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), ampliação do aeroporto de Foz do Iguaçu e outras iniciativas que somam mais de R$ 1,4 bilhão investidos em um período de quatro anos (2019 a 2022). Além das obras estruturantes, Itaipu tem feito investimentos importantes nas áreas social, ambiental e segurança pública, entre outras. Fotos: Alexandre Marchetti e Rubens Fraulini.