A usina de Itaipu tem como um dos desafios colocar 2017 no ranking dos melhores anos de produção de energia elétrica de sua história. Embora no primeiro semestre a binacional tenha gerado um pouco menos do que no mesmo período de 2016, o desempenho operacional da usina superou as metas estabelecidas pela sua área técnica.
Nesses primeiros seis meses, Itaipu gerou 48,2 milhões de megawatts-hora (MWh), suficientes, por exemplo, para suprir por dez anos o consumo de energia elétrica de Curitiba; por dois anos e oito meses a cidade do Rio de Janeiro; e por um ano e sete meses a cidade de São Paulo. Essa quantidade de energia poderia suprir, ainda, o consumo de eletricidade do Estado de São Paulo por quatro meses; o do Estado do Rio por um ano e dois meses; e o do Paraná por um ano e sete meses.
Quarta melhor
A produção desse primeiro semestre ficou na quarta melhor posição entre os 33 anos de operação da usina. Foi inferior apenas à geração de 2012, 2013 e 2016, anos em que a usina quebrou recordes mundiais de produção de energia.
Indicadores de desempenho
Indicadores técnicos de desempenho confirmam que a usina operou em condições excepcionais no primeiro semestre. O “fator de capacidade operativa”, por exemplo, que mede o percentual de água turbinável efetivamente transformado em energia elétrica, foi de 96,4%. Assim como a produção do semestre, este indicador ficou também em quarto lugar no histórico da usina.
As unidades geradoras (são 20, no total, que garantem à Itaipu a capacidade instalada de 14 mil megawatts), estiveram disponíveis, em média, 96,76% do tempo em todo o semestre. A “indisponibilidade forçada”, indicador que reflete quando uma unidade geradora, de forma imprevista, não pode ser utilizada por falha técnica ou humana, foi de apenas 0,15%, três vezes menor que a meta estabelecida pela própria empresa.
“A nossa produção depende de muitas variáveis, entre as quais estão o volume de chuvas e o consumo de eletricidade. Trabalhar para garantir bons números de produtividade e disponibilidade, sempre de forma sustentável, é o que Itaipu faz para viabilizar uma geração que permita atender, da melhor forma possível, o Brasil e Paraguai”, diz o diretor-geral brasileiro da binacional, Luiz Fernando Leone Vianna, que é engenheiro eletricista e acumula a Diretoria Técnica da usina.
Recorde mundial
No ano passado, a Itaipu ultrapassou os 100 milhões de MWh e estabeleceu um novo recorde mundial de produção anual, com um total de 103.098.366 MWh. Foi a primeira usina do mundo a quebrar essa barreira. A maior marca anterior da hidrelétrica havia sido estabelecida em 2013, com 98.630.035 MWh. O terceiro melhor ano operacional da usina foi 2012, com a geração de 98.287.128 MWh.
A Itaipu Binacional é líder mundial em produção de energia limpa e renovável, com mais de 2,4 bilhões de MWh acumulados desde o início de sua operação, a partir de maio de 1984. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece 17% da energia consumida no Brasil e 76% no Paraguai.
Royalties
Até maio deste ano, a Itaipu repassou mais de US$ 10,5 bilhões para os governos do Brasil e do Paraguai (metade para cada país) em royalties. O recurso, já previsto no Tratado de Itaipu, assinado em 1973, começou a ser pago com o início da comercialização de energia gerada pela usina, em março de 1985. Itaipu começou a operar a partir de 5 de maio de 1984, há 33 anos.