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Itaipu atinge quarta maior produção anual e consolida novo patamar histórico

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Foto: Alexandre Marchetti

Foi por pouco, mas a usina de Itaipu garantiu em 2018 a quarta melhor produção anual de sua história. No ano passado, foram gerados 96.585.596 MWh, quantidade 0,21% acima da produção de 2017, que foi de 96.387.357 MWh. Com a nova marca, todas as cinco maiores gerações anuais da Itaipu ocorreram em anos recentes (em ordem crescente: 2017, 2018, 2012, 2013, 2016), o que comprova um aumento da eficiência da área técnica da empresa.

De acordo com o diretor técnico executivo da empresa, Mauro Corbellini, a elevada produção de energia em 2018, e desses anos recentes, é explicada pela eficiência operativa da usina. “Foi um ano especialmente desafiador, porque oscilou entre períodos de alta produção com períodos de afluência abaixo da média e restrições de demanda. Mesmo assim, fechamos com a quarta maior produção”, celebra.

Em 2018, o Fator de Capacidade Operativa (FCO), um índice que mede o quanto a utilização do recurso hídrico foi bem sucedida, foi de 99,3%; o segundo melhor da história. Nos últimos cinco anos, esta média está em 98,6%. “Para 2019, nossa equipe continuará se dedicando, trabalhando com comprometimento para este setor que é tão estratégico às sociedades brasileiras e paraguaias”, conclui.

Para o diretor-geral brasileiro, Marcos Stamm, essa e outras marcas de Itaipu mostram o compromisso da empresa que, mesmo num ano de dificuldade hidrológica, se supera para garantir o desenvolvimento regional do Brasil e do Paraguai. “É um trabalho constante que requer o comprometimento de brasileiros e paraguaios na gestão operacional e estratégica da usina”, afirma.

A energia gerada em 2018 pela usina poderia abastecer todo o planeta por um dia e 13 horas, o Brasil por 2 meses e 14 dias, o Estado de São Paulo por oito meses e 28 dias ou uma cidade do porte de Curitiba por 21 anos, cinco meses e dez dias.

Corrida da energia

Para atingir a quarta melhor marca da história, a produção de energia em 2018 foi como uma corrida ao longo do ano. Nos cinco primeiros meses, por exemplo, a produção foi a maior de todos os tempos para aquele período, superando em 7% o que foi gerado nos mesmos cinco meses iniciais de 2017. Das 10 maiores produções diárias do histórico, sete foram em março de 2018, que atingiu 9,9 milhões de MWh, o melhor mês do ano.

Após o excelente começo de ano, a geração teve queda entre maio e setembro, por conta da escassez de água. O pior mês foi o de junho, com uma produção abaixo dos 6,4 milhões de MWh. A partir de outubro, a geração voltou a subir. Além de bater o recorde de melhor novembro, com 9,3 milhões de MWh gerados naquele mês, Itaipu chegou, em 28 de novembro, à marca de 2,6 bilhões de MWh gerados desde o início da produção, em maio de 1984. Produção que dificilmente será superada por qualquer outra geradora de energia.

Foto: Alexandre Marchetti

Em dezembro, começaram as “ultrapassagens” já dentro das dez melhores marcas. No dia 8, por exemplo, a produção superou a do ano de 2007. Depois, em média a cada dois dias, as outras marcas foram sendo vencidas até que, no dia 23 de dezembro, a geração de 2018 entrava no “top five”, desbancando 2008 e fazendo com que todas as cinco melhores produções fossem de anos recentes. Às 2h08 do dia 31, a produção de 2018 superou a de 2017, assumindo, finalmente, a quarta melhor marca histórica.

Trabalho conjunto

O superintendente interino de Operação, Fernando Menezes, explica que 2018 foi um ano atípico em relação às chuvas. “Tivemos os meses iniciais muito bons, mas entre abril e setembro, foi um período bastante seco. A retomada das chuvas só ocorreu depois. “Isso gerou impacto em nossa afluência e, portanto, na produção”, complementa. Na média histórica, desde 1990, o ano de 2018 foi somente o 17º em afluência.

Exatamente por este motivo, para manter a elevada produção, foi importante o trabalho conjunto de toda a área técnica da Itaipu, a chamada “dança com as águas”, ou seja, garantir que os equipamentos e sistemas associados à produção de energia estejam disponíveis de acordo com o sinal hidrológico.

O Programa Anual de Parada das Máquinas ficou mais flexível nos últimos anos devido às melhorias de processos e ajustes das periodicidades e nos tempos das paradas das máquinas para manutenção. “Com as novas melhorias, até 2019 teremos uma redução acumulada, desde 2013, de 40% no tempo anual necessário para manutenção das unidades geradoras. Isso proporciona um melhor aproveitamento dos recursos humanos para atendimento de novas demandas e novos sistemas”, afirma o superintendente interino de Manutenção, Marco Aurélio Siqueira Mauro. O percentual representa um ganho de 117 dias em que as unidades ficam disponíveis para gerar energia.

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